segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Quem é o gordo?

Parece que o título de "Ronalducho" pode estar mudando de mãos.
Segundo o jornal espanhol As, o superastro do Barcelona, além de estar jogando mal, também está vários quilos acima do peso ideal.
Até aí tudo poderia ser intriga da imprensa, ávida por aumentar as vendas, não fossem as fotos tiradas na semana passada após o jogo com o Liverpool pela Champions League.
O gaúcho, apreciador de dançarinas do Faustão, exibiu uma pança digna dos mais habilidosos jogadores de dominó e bridge e bastante diferente daquela que possuia em 2006, durante a Copa do Mundo.
Como uma imagem vale mais do que mil palavras, ei-las.


O antes



O depois



Mais um depois


Depois do humor, um pouco de opinião.
Não sou doido de achar que o Ronaldinho não é craque ou não merece os títulos de melhor do mundo que ganhou, mas sempre tive a sensação de que, assim como o Rivaldo, ele é um "jogador de clube" e não um jogador de "Seleção".
Explicando melhor: seja por conta do esquema tático, seja pela fogueira de vaidades que o treinador da Seleção tem que administrar, seja pelo nível técnico dos companheiros, o nível de futebol demonstrado pelo Gaúcho na Seleção sempre me pareceu inferior àquele exibido no Campo Nou ou em outros gramados da Europa.
Vestindo a "azul-grená" ele "arrebenta". Já vestindo a "amarelinha", ele costuma se esconder.

Uma pena, por que se ele, Kaká, Roberto Carlos e o resto da rapaziada jogasssem tudo o que sabem quando estão na Seleção, a situação ficaria muito feia para o Zizou e seus companheiros de continente.
Ah, ficaria.
Quem sabe um dia isso volte a acontecer? Quem sabe?

Fonte: Terra

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O brasileiro e a marcação

Foi um colega de trabalho com muito mais temporadas nas costas que disse que o jogador brasileiro só brilha quando não é marcado. Basta colocar um "cabra" no pé do craque durante o jogo inteiro para que a habilidade suma, o brilho se ofusque e a diferenciação desapareça.
O exemplo que ele deu foi o Ronaldinho Gaúcho. Por estar bem marcado, ele não jogou nada nem na Copa nem no Mundial de clubes.
Eu já acho que o Gaúcho nunca jogou bem na Seleção, mas isso é outro assunto.

A afirmação do colega parece fazer sentido, principalmente quando pensamos nas peladas que jogamos na infância e adolescência.
Nesses joguinhos inocentes ninguém quer ser goleiro ou zagueiro. Todo mundo quer marcar gols, ser artilheiro e coisas semelhantes.
A glória está em marcar gols, não em impedi-los.
Nada mais pejorativo quando se é criança do que ser considerado um grande goleiro ou um zagueiro eficiente.

Mais uma coisa que reforça a questão do sumiço sob marcação é a relação "habilidade X hábito". Entendo que o europeu já nasce pensando que a defesa é o melhor ataque. Para eles, é natural pensar em não levar gols antes de marcá-los. Não há magia em um jogo que termine 7 a 6. Muito melhor é 1 a 0 com poucas chances de gol e muitas botinadas nos mais habilidosos.
Obviamente que estou exagerando nas descrições, mas não duvido que as escolinhas de futebol européias tenham essa visão.
Acho até que as argentinas têm um pouco disso.

Mas aí vem o Galvão Bueno e diz que o Brasil não é Penta por acaso e que o futebol brasileiro sempre será superior.
Concordo em parte com isso. Que a habilidade do brasileiro é praticamente inigualável eu tenho certeza. Nem os hermanos chegam lá. Mas já foi o tempo em que o jogo era ganho só em se mostrar a "amarelinha".
Hoje, todo mundo quer ganhar do Brasil e alguns conseguem, que o diga a França, de quem somos fregueses históricos.

Concluindo o pensamento, acho que o Brasil seguirá tendo problemas se não se acostumar à marcação e tiver um senso mínimo de tática e organização.
O tempo do futebol romântico onde só o ataque importa já passou.
Que os craques baixem um pouco a própria bola e mostrem serviço dentro de campo.
Se não for assim, continuaremos e viver do passado e os defensores italianos continuarão a ser os melhores do mundo.
Sinal dos tempos!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Zamorano

Dizer que ele foi o maior jogador da história do futebol chileno não deve causar mais do que riso em um brazuca típico que tem a seu dispor nomes como Pelé, Garrincha, Didi e Nilton Santos.
Mas para um chileno, Bam Bam é um assunto sério, quase uma questão de estado.
Não há quem discuta a importância que ele teve para fazer do futebol algo sagrado no país que vive espremido entre a Cordilheira e o mar.



Na verdade, o futebol já era importante no Chile, mas depois do surgimento de Bam Bam, nós passamos a ter motivos para acreditar que fazíamos a diferença. Ao menos um de nós fazia a diferença, fosse com a camisa merengue do Real Madrid matando no peito um passe de Amavisca e ganhando a liga Espanhola, fosse com a camisa vermelha da Seleção, entubando argentinos, colombianos e até os supremos brasileiros e garantindo uma vaga para a Copa da França.
Ao lado de Ivan estava o "matador" Salas, mas esse nem de longe conseguia a mesma simpatia da torcida.
Zamorano falava a língua do povo. Ivan era o poco chileno. Ivan era o Chile.



Mesmo quando o Chile foi despachado da Copa da França pelo Brasil o povo estava com ele. O povo chileno se encheu de esperança quando ele marcou e mesmo com o fim do jogo não deixou de idolatrá-lo. Zamorano era o só espírito de luta e não desistia nunca. Não era só o povo brasileiro que tinha esse lema.



Mas o tempo passou e seu desempenho deixou de ser memorável.
E com isso, sua fama também diminuiu, certo?
Errado. O povo segue amando aquele "índio" que colocou o Chile em evidência novamente e que jogava com alegria e paixão, coisas que a gente não vê muito nestes tempos de Nike, máscaras, excesso de peso e companhia.



Aprendam com Ivan, super-craques!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Como identificar um futuro palmeirense

Sei que é provocação pura, mas não pude resistir a publicar esta imagem.

Para falar a verdade, ela é até fofinha.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Os futuros craques

Confesso que não entendi bem o regulamento do Sulamericano Sub-20 que acabou neste final de semana.
Um torneio que começa com 10 times na sua primeira fase, passa para 6 na segunda, bem que poderia ter 4 na terceira e uma final, não acham?
Se é para esticar o torneio e ganhar mais renda, por que não fazer um "todos contra todos" em turno e returno. Garanto que a Federação Paraguaia não iria reclamar.

Mas voltando à vaca fria, o torneio foi feito para escolher os dois representantes da América do Sul nas Olimpíadas de Pequim em 2008 e os quatro que disputarão o Mundial da Categoria no Canadá, sabe Deus quando.
Nada mau para um grupo de 10 seleções.
Muita chance para cada uma delas, principalmente para as tradicionais.

Infelizmente o Brasil Sub-20 não é tudo isso, apesar da evidente e tradicional técnica superior.
Tudo bem que um time com Lucas e Alexandre Pato não pode ser considerado exatamente ruim, mas acho que ele fica longe dos times anteriores onde o futebol era mágico e os resultados apareciam com muito mais facilidade.
Se alguém por aí disser que o nivelamento foi por baixo, serei forçado a concordar.


Lucas e Pato: os destaques da Seleção


E no final de tudo, mesmo tendo ganho o torneio e as vagas para a Olimpíada (finalmente) e para o Mundial, quem venceu mesmo não foi o Brasil mas sim os empresários que se deliciaram com a liberdade que tiveram e já dispararam a inevitável migração dos meninos para a Europa.

Antes que eu me esqueça: o outro time em Pequim será a Argentina e os dois que também vão para o Canadá são o Uruguai (que perdeu a vaga ao levar um gol aos 47 do segundo tempo) e o Chile (que estava garantido ao vencer o Paraguai, mas levou a virada e perdeu a vaga).


O choro de Carmona, o capitão chileno


Fonte: Terra