Achei que ficaram faltando alguns motivos para minha descrença na Seleção, demonstrada no post anterior, por isso resolvi dar apenas alguns exemplos do que considero serem os problemas do time.
1 - Material humano
Falam muito nos desertores Kaká e Ronaldinho Gaúcho, mas é preciso lembrar que, por pior que seja, o time atual está sem vários jogadores que eram considerados titulares ou bons reservas.
Além dos traíras, ficaram de fora Zé Roberto (que renasceu como jogador e craque de meio de campo nas mãos do Luxemburgo), Lúcio (que não é lá muito diferente de Alex e Alex Silva), Cicinho (me parece muito superior a Daniel Alves e Maicon), Adriano (alguma diferença com relação ao Vágner Love?) e Ronalducho (que queiram ou não, faz gols no campeão europeu).
Concordo que é preciso renovar e agradecer a contribuição de gente como Cafu (que ainda dá caldo), Roberto Carlos (idem) e Émerson (idem), mas fica a impressão de que existe gente melhor do que Gilberto, Doni, Elano e companhia.
2 - Esquema tático
Até o jogo contra o Equador, eu costumava defender o Dunga daqueles que diziam que ele precisaria ter tido experiências treinando clubes antes de ser o técnico da Seleção. Eu sempre usava o exemplo do Klinsmann, que entrou direto na Seleção Alemã e a levou ao terceiro lugar na Copa de 2006.
Infelizmente essa minha defesa morreu quando vi a escalação de quatro volantes. E não acho que o adversário tenha algo a ver com isso.
Ao contrário do que a tradicional arrogância futebolística brazuca diz, o Equador é um time como qualquer outro e merece sim cuidado e respeito.
Meu problema é mesmo interno ao time.
Por que quatro volantes?
Que tipo de criatividade se espera de Júlio Baptista, Mineiro, Josué e Gilberto Silva?
De onde o Dunga acha que virão as jogadas do time?
Acho que desta vez ele se atrapalhou e isso pode lhe custar muito caro se o Chile acreditar mesmo que pode vencer e mandar os Pentacampeões para casa.
3 - Arrogância.
Por que o tempo em que os times se borravam de medo só de olhar para a "amarelinha" acabou. Se é que algum dia existiu.
É preciso ganhar na bola, mas parece que a ficha está demorando para cair.
Só isso explica o choque de algumas pessoas quando a Seleção perde algum jogo que não seja para algum campeão mundial, elite considerada do mesmo "nível" que o Brasil.
Acordem, Alices! Quem morre de véspera é o peru, com letra minúscula, para não gerar confusão entre os sonhadores e arrogantes.
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