quarta-feira, maio 09, 2007

E o Tricolor vacila

Não sei, não.
O resultado do jogo de quarta contra o Grêmio me parece sintomático demais para ser ignorado.
Sintomático da atual fase do Tricolor, uma espécie de entressafra de confiança do time e segurança para o torcedor.
Por mais ilógico que pareça, a saída de algumas peças chave (e de outras nem tanto) do time campeão do ano passado, pode estar fazendo muita diferença e tornando difícil a vida do meu querido Muricy "O Alquimista" Ramalho.


Miranda, o artilheiro da noite


Por mais otimista que eu tente ser, me incomoda bastante a dificuldade do time em marcar gols, mesmo que a bola chegue perto muitas vezes.
Talvez fosse melhor que o Aloísio chutasse a gol só de vez em quando. Duvido que a perna dele caia se rolar um chutinho a gol, mesmo que para fora.
E duvido também que o Souza vá ter lesão de menisco se colocar o pé na forma e acertar o gol quando estiver na cara do goleiro.

Não acho que a eliminação no Paulista seja um símbolo de desastre.
Acho que São Caetano mereceu golear.
Ao invés disso em preocupo mais com o futuro, que se não é negro como o do Corinthians, pode muito bem voltar a ser como antes, onde o time sempre ia bem nos torneios mas nunca ganhava nada.
Me preocupo com a estrutura de um time que sente a falta de Danilo, por mais blasfemo que isso possa ser.
E me preocupo também com a saúde do Josué, o único marcador decente do time. Se você espirrar, valente Josué, receba meu "saúde" preventivo.

Falando um pouco o jogo contra o Grêmio, estou tentando resistir à tentação de achar que o Dagol é a salvação da lavoura. Por melhor que ele tenha jogado, a lógica me impede de pensar assim. Por melhor que fosse, nem Pelé nem Maradona ganhavam nada sozinhos. Se o primeiro tinha a espetacular companhia de Pepe, Pagão, Coutinho, Mengálvio e Clodoaldo, o segundo tinha Valdano, Burruchaga e outros cabeças-de-bagre de pouca técnica e muita raça.
Tanto o Santos quanto a Argentina tinham um gênio e um time.
O meu Tricolor não tem nenhum gênio e está pelejando para formar um novo time.


Dagoberto e Amoroso: estréias bem diferentes


O que o futuro sem Junior e outros nos reserva?
Só Dagol, Jorge Wagner e a Comissão Técnica do Céu podem dizer.
Por aqui, só me resta torcer e torcer.

Vai São Paulo!

Fotos: Terra

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