É complicado se falar em justiça em algo tão sujeito às vontades do deuses como o futebol. Não dá para estabelcer regras ou raciocínios lógicos quando, de uma hora para outra, acontece algo totalmente inesperado e uma derrota certa se transforma em uma vitória gloriosa.
Pois foi isso que aconteceu hoje na final da Champions League.
O Milan do Príncipe era um time inferiorizado, dominado e devia a virgindade do placar à sorte e à competência de Dida, o goleiro que adora entregar o ouro.
Mas eis que surje o acaso e uma cobrança de falta de Pirlo (falta sofrida por Kaká) manda a bola ao lado da barreira que, ao invés de morrer nos braços do goleiro Reina, que a esperava bem colocado, desvio em um Inzaghi permanentemente corredor e foi para o outro lado.
Gol do Milan, festa dos italianos e fim do primeiro tempo. Não deu tempo nem de tocar a bola e dar um chutão para a frente.
O Milan estava em vantagem e o Liverpool tinha que correr atrás.
Masc não parou o Príncipe
Como o técnico Ancelotti ainda tinha fresca na memória a derrota de 2005 (depois de estar vencendo por 3 a 0), o Milan voltou cauteloso, mas tomou um calor absurdo dos ingleses, até que o Príncipe chamou a responsabilidade e deu um passe de irmão para que Inzaghi fizesse o segundo e fechasse o caixão.
Mais uma vez o Milan era inferior e marcou. Marcou e ganhou. E o Liverpool tomou o troco de 2005.
O capitão Maldini levanta a taça
Mas onde é que está a justiça nisso?
Eu respondo: assim como tem sorte aquele que treina muito, tem justiça a vitória do time que marca mais gols do que o outro.
Simples assim.
E se isso não é considerado justo por alguns, paciência, por que tenho certeza que os milanistas não estão nem um pouco preocupados com isso.
Os craques do jogo: Gerrard e o Príncipe
E o São Paulo perdeu a oportunidade de derrotar o Milan de novo! Ô dó!
Agora, se alguém quiser falar de justiça daqui até o final do ano, basta esperar as premiações de melhor do mundo (FIFA, France Football e outras): se o Príncipe não levar todas, é marmelada.
Fotos: Terra
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