quarta-feira, maio 16, 2007

A volta da fase amarela

Roubando a frase de um antigo desenho animado da Hanna Barbera do qual eu gostava muito, meu comentário com relação à eliminação do São Paulo na Libertadores é: "eu te disse, eu te disse".
E infelizmente isso é verdade e não foi nenhum exercício de clarividência. Foi só juntar os pedaços e concluir o óbvio: o Tricolor estava frouxo, sem pegada, e a derrota era inevitável.


Tcheco fez o primeiro do Grêmio...



...e Diego Souza o segundo.


Dizer que o Grêmio não fez por merecer a vitória é ser um mau perdedor, mas me sinto incomodado pela idéia de que o elenco do São Paulo é melhor, de que os jogadores são mais experientes em competições internacionais e de que o técnico é mais vencedor.
Por que, então, a eliminação?
Meu antigo chefe tem uma teoria interessante.
Segundo ele, antes de formar o time campeão da Libertadores, o São Paulo sofria de uma falta crônica de raça, que ele também costuma definir como coragem.
Com a vinda de Mineiro e, principalmente, de Lugano, o time passou a ter em campo uma figura que gritava (sempre), batia (quase sempre) e literalmente "cagava sangue" para demonstrar que só vence quem se entrega e que não adiantava só ter técnica e habilidade.


Ele é "el cara".


Foi com essa raça (e violência comedida) que o São Paulo deixou de ser o time que jogava bem o campeonato todo e amarelava na fase decisiva.
Os anos do "quase" ficaram para trás e vieram um título da Libertadores e um Mundial Interclubes para comprovar que o Rei Lugano tinha a razão.
Mas ele foi embora, o Mineiro também e o time perdeu a sua referência.
Ainda segundo meu ex-chefe, isso explica muito bem as recentes derrotas do time: na hora da decisão, o time "amarelou" e foi eliminado.

A boa vitória na estréia do Brasileirão não me empolga muito.
O time jogou bem, mas particamente não teve adversário. Parecia que era o Goiás que vinha jogando duas vezes por semana desde o início do ano.
Mas talvez haja luz nas cinco alterações feitas no time, principalmente nas entradas de Jorge Wagner e Dagol desde o início.
Com a saída de Junior, a presença de Jorge Wagner em campo ganha ainda mais importância, mas só o tempo dirá se isso é suficiente para controlar a "paúra".

Por aqui, só me resta torcer para que o Alquimista consiga reformular o time e dar um pouco mais de raça e vontade de vencer a esse grupo que está longe de ser ruim.

Ou pela volta do Lugano! Nunca se sabe!

Fotos: Terra

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