Dizer que ele foi o maior jogador da história do futebol chileno não deve causar mais do que riso em um brazuca típico que tem a seu dispor nomes como Pelé, Garrincha, Didi e Nilton Santos.
Mas para um chileno, Bam Bam é um assunto sério, quase uma questão de estado.
Não há quem discuta a importância que ele teve para fazer do futebol algo sagrado no país que vive espremido entre a Cordilheira e o mar.
Na verdade, o futebol já era importante no Chile, mas depois do surgimento de Bam Bam, nós passamos a ter motivos para acreditar que fazíamos a diferença. Ao menos um de nós fazia a diferença, fosse com a camisa merengue do Real Madrid matando no peito um passe de Amavisca e ganhando a liga Espanhola, fosse com a camisa vermelha da Seleção, entubando argentinos, colombianos e até os supremos brasileiros e garantindo uma vaga para a Copa da França.
Ao lado de Ivan estava o "matador" Salas, mas esse nem de longe conseguia a mesma simpatia da torcida.
Zamorano falava a língua do povo. Ivan era o poco chileno. Ivan era o Chile.
Mesmo quando o Chile foi despachado da Copa da França pelo Brasil o povo estava com ele. O povo chileno se encheu de esperança quando ele marcou e mesmo com o fim do jogo não deixou de idolatrá-lo. Zamorano era o só espírito de luta e não desistia nunca. Não era só o povo brasileiro que tinha esse lema.
Mas o tempo passou e seu desempenho deixou de ser memorável.
E com isso, sua fama também diminuiu, certo?
Errado. O povo segue amando aquele "índio" que colocou o Chile em evidência novamente e que jogava com alegria e paixão, coisas que a gente não vê muito nestes tempos de Nike, máscaras, excesso de peso e companhia.
Aprendam com Ivan, super-craques!
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