terça-feira, outubro 31, 2006

Matemática

Até a rodada anterior do Brasileiro, a 31ª, minhas contas apontavam que o São Paulo precisaria de apenas 12 dos 24 pontos em disputa para ser campeão, ou melhor, para ser Tetra-campeão Brasileiro.
Meu palpite considera uma complexa gama de possibilidades, probabilidades, históricos, desempenhos individuais, esquemas táticos e estatísticas colhidas durante os jogos.
Resumindo tudo isso em uma única frase: é um baita de um chute de um torcedor fanático que mal pode esperar pela chance de tirar sarro dos adversários paulistas, principalmente daqueles ameaçados e/ou atingidos pelo rebaixamento.

Se alguém perguntar a mesma coisa ao técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, ele, sabiamente dirá que são necessários 18 em 24 pontos.
Qual a origem dessa opinião?
Ganhar 18 pontos, significa ganhar 6 jogos e fazer com que a atual vantagem de 7 pontos seja inalcansável, mesmo que o Internacional consiguisse a improvável façanha de ganhar seus oito jogos.
É o conservadorismo em pessoa.

Outras pessoas têm outras opiniões e justificativas, mas todas elas são unânimes em considerar o Tricolor como o campeão.
Será mesmo?
Falo sobre isso daqui a duas rodadas, depois dos jogos com a Ponte Preta, em casa, e com o Santos, na Vila.

Enquanto isso, a classificação atual, que segue me causando dois prazeres: um ao ver o Tricolor lá em cima e outro ao ver o Corinthians lá embaixo.
Ô felicidade!

1º São Paulo 63
2º Internacional 56
3º Santos 55
Grêmio 55
5º Vasco 50
6º Paraná 49
7º Botafogo 46
8º Cruzeiro 45
9º Atlético-PR 43
Figueirense 43
11º Flamengo 42
Goiás 42
13º Juventude 39
14º Corinthians 38
15º Palmeiras 37
16º Fluminense 35
17º Ponte Preta 33
18º Fortaleza 31
19º São Caetano 26
20º Santa Cruz 24

quarta-feira, outubro 25, 2006

Mau exemplo

Era um jogo de um importante campeonato nacional.
O estádio estava lotado, um dos times ganhava por dois a zero e faltavam apenas quatro minutos para acabar o jogo, que seguia tranquilo e sem incidentes maiores.
Nem mesmo faltas muito violentas aconteciam.
Eis que de repente, algo atinge o auxiliar, popularmente conhecido como bandeirinha e o caldo entorna.
Jogo interrompido, vaias, protesto, socorro médico e, logo depois, jogo encerrado.

Mas onde foi que aconteceu uma barbaridade destas?
Maracanã, Morumbi, Monumental de Nuñez, La Bombonera, velho oeste?
Nada disso. O episódio aconteceu na "bem comportada" Alemanha durante um jogo da Copa entre um time da Primeira Divisão e um da Terceira.



Parece que torcedor selvagem existe em todos lugar e nem a disciplina germânica consegue fugir disso.
Onde este mundo vai chegar?

Fonte: Terra

terça-feira, outubro 24, 2006

Fases

Dizem por aí que a fase é a mais soberana das verdades em um time de futebol.
Dizem também que não adianta vir com estatísticas, retrospectos, "camisa" ou opiniões avalizadas. Se a fase aponta para um determinado resultado, não há quem possa modificá-lo.
É Murphy elevado à última potência


Danilo comemorando o gol


O São Paulo acabou de provar novamente esta tese com o jogo do final de semana.
Em um Olímpico lotado (quase 50 mil testemunhas), o líder do campeonato quase matou o Grêmio de susto ao fazer o primeiro gol ainda no primeiro minuto de jogo.
Uma bela jogada de Danilo (ou Zidanilo, como insiste em exagerar o Lance), um chute certeiro e festa nos tricolores paulistas.
A fase está tão boa que quase se configurou uma goleada história: o meia Souza (ou Showza, como exagera ainda mais o mesmo Lance) entortou por duas vezes a defesa gremista e nas duas vezes foi frustrado pela trave.

Foi quase e como o futebol não curte muito essas coisas que não se definem, o time da casa se lembrou de onde estava jogando e foi para cima, só conseguindo o empate no começo do segundo tempo.
Antes disso porém, o sãopaulino havia ficado com o coração na mão ao ver o seu goleiro executar um par de milagres para impedir o crescimento do Grêmio.
Milagres não, competência e boa fase. É assim mesmo que funciona.


Souza em ação


A diferença caiu para sete pontos, o segundo colocado passou a ser o Internacional de Porto Alegre (sempre eles) e faltam oito jogos para o fim da competição, ou seja, foi um bom resultado, considerando as circunstâncias.
Resta ganhar os jogos em casa (Ponte Preta, Botafogo, Atlético/PR e Cruzeiro), buscar o máximo de pontos nos jogos fora (Figueirense, Santos, Goiás e Paraná) e deixar a natureza fazer o resto.
A natureza, não, a fase.
Nas minhas contas, são, no mínimo, 15 pontos a mais para o São Paulo, o que levaria o time a 75 e o deixaria tranqüilo à frente do Grêmio (70), do Inter (69), do Santos (67) e do Paraná (58).
Vejamos o que a fase nos reserva de bom (ou de ruim).


Thuram vendo de camarote o gol de Raúl


E é também uma fase que marca o momento atual do "melhor do mundo", Ronaldinho Gaúcho.
As coisas não tem funcionado muito bem para o menino e uma prova disso foi a derrota ontem para o Real Madrid no Santiago Bernabeu.
Tenho certeza que o torcedor do Real sentiu um frio na espinha ao lembrar do baile realizado pelo time catalão no ano anterior. Nada seria pior do que um novo 3 a 0, fora o show.
Ainda bem para eles que Ronaldinho e o resto do time não estavam nos seus melhores dias e o time da casa se impôs por 2 a 0.
Pena para o gauchinho, mas tenho certeza que é apenas uma fase, uma má fase, que passa logo, logo.
É o que o torcedor brasileiro espera para o ano que vem e para todos os seguintes até 2010 e uma nova chance para o Hexa.


Rotina entre Ronaldinho e a "sombra" Cannavaro


Benditas fases.


A boa fase do Madrid

sexta-feira, outubro 20, 2006

A situação tricolor

Quando eu saí de férias o São Paulo liderava o Brasileiro e ainda amargava a derrota na final da Libertadores para o bom time do Internacional.
Ainda estávamos nos ressentindo da decepção, mas já começava a se desenhar um ótimo prêmio de consolação.
O segundo colocado estava perto, mas precisava de mais de um jogo para ultrapassar a pontuação do Tricolor, o que dava uma tranqüilidade bastante grande para o time.

Fiquei três semanas na terra natal fazendo acompanhamentos bissextos das emoções do campeonato e voltei com uma situação muito parecida: o São Paulo havia acabado de perder a Recopa para o Boca Juniors, mas ainda liderava com certa folga o Brasileiro.
Na verdade, se antes o time não via ninguém pela frente, no começo de Outubro isso continuava inalterado além do time ter cada vez mais dificuldades de enxergar o segundo colocado, tal a distância que os separava na tabela.

Apesar de ser uma situação razoavelmente transitória, fico bastante otimista com a situação do time e com a possibilidade da conquista do Tetra.
A fase está boa, a torcida está comparecendo, os jogadores estão motivados e a Diretoria segue na sua tradicional discrição nas contratações e na renegociação dos contratos dos atuais jogadores, fato que por si só dá tranqüilidade ao time, vide o contra-exemplo dos Trapalhões que dirigem o Corinthians e que parece que ainda não se deram conta de que o time precisa de equilíbrio para não disputar um título inédito no ano que vem, o de campeão da Série B.

O jogo de domingo em Porto Alegre pode ser decisivo.
Ganhando, o time abre, no mínimo, nove pontos de diferença do segundo colocado, caso o Inter vença ou 10, se apenas Santos ou Paraná conquistarem seus três pontos no final de semana.
Se a Comissão Técnica do Céu estiver de bom humor e quiser que um dos seus ganhe logo a disputa para que eles possam entrar em férias e todos os perseguidores perderem, o São Paulo pode abrir onze pontos de diferença, faltando oito jogos para o fim do torneio.
Até o mais pessimista dos tricolores não resistiria à tentação de sair gastando por conta do título.

Mas vamos esperar pelo final de semana.
Temos que continuar torcendo, jogando bem e contando com a sorte que acompanha todos os campeões.
O Tetra está perto, nação tricolor!



Foto: Lancenet

quarta-feira, outubro 18, 2006

Acidentes e capacidade

Recebi por e-mail uma frase tosca, cruel, malvada e do mais puro humor negro, mas como era deliciosamente verdadeira, não resisti à tentação de publicá-la aqui.
Ei-la:

"Se o jato Legacy fosse pilotado pelos atacantes do Corinthians, eles nunca teriam acertado o GOL"

Coringão campeão da segundona 2007!!!!

sexta-feira, outubro 13, 2006

1982

Eu não estava lá e nem muito menos tinha idade para frequentar um estádio.
Ainda bem. Teria sido um baque para um moleque de 11 anos ter visto aquele italiano safado marcar três vezes contra o nosso gol.
Eu certamente teria muito mais dificuldade em aceitar a idéia de Deus se isso tivesse acontecido.
Onde já se viu o Grandão permitir que isso acontecesse com o melhor time do mundo?



Mas a coisa toda aconteceu e não sei até que ponto ele influenciou no resultado.
Se o que dizem da sua justiça é verdade, é bem provável que ele tenha simplesmente se sentado na arquibancada e se preparado para assistir a mais uma vitória dos amarelos, aquele time que fazia coisas que nem Ele conseguia fazer com a bola.



Como ele estava de fora, talvez alguém da Comissão Técnica do Céu tenha resolvido apimentar a coisa e tornado aquele jogo uma "causa impossível".
Até aí tudo bem. Brasileiro gosta mesmo é de sofrer, mas parece que esqueceram de combinar a brincadeira direito e o relógio continuou correndo até o fim.
E o fim sempre chega para os daqui de baixo.
Não adiantou Socratés e Falcão nos encherem de esperança.
Não adiantou Junior ciscar para lá e para cá em busca de uma forma de fuzilar o Zoff.
Não adiantou comemorar o gol naquela cabeçada que entrou, eu sei que ela entrou, mas o lazarento do juiz não quis apitar.
Talvez ele tenha apitado, mas a tal "impossibilidade divina" tenha feito o som se abafar e morrer antes de chegar aos nossos ouvidos desesperados.



E o tempo correu até o fim.
E no fim quem comemorou foram eles.
Não sei se houve represálias lá em cima ou se mesmo Ele ficou sem saber para onde correr.
O que sei é que doeu lá no fundo e isso não tinha nada a ver com fanatismo.
Era magia pura para um menino de onze anos de idade que nunca mais viu nada igual.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A magia

Encontrei uma definição perfeita para o futebol, uma definição que o diferencia completamente dos esportes preferidos dos goiabas que vivem entre o Canadá e o México.
Ei-la:

"(...)por serem raros, os gols têm um valor que os pontos, as corridas e os sets não têm, de modo que sempre existirá essa emoção, a emoção de ver alguém fazer uma coisa que só pode ser feita três ou quatro vezes em um jogo inteiro se você tiver sorte, e nenhuma vez se não tiver. E adoro o ritmo no jogo, a sua falta de fórmula; adoro o jeito com que um baixinho por arrasar um grandalhão(...) de um jeito que não acontece em outros esportes de contato físico, e o fato de o melhor time nem sempre ganhar. E depois tem a condição atlética(...) e o jeito com que força e inteligência têm que ser combinadas. Isso realça a beleza e o balé dos jogadores de um jeito que não ocorre em outros esportes: um mergulho e uma cabeçada no momento exato, ou um chute de voleio executado com perfeição, permitem que o corpo alcance um equilíbrio e uma graça que outros esportistas jamais podem exibir."

Extraído do livro "Febre de Bola" de Nick Hornby, editora Rocco, Rio de Janeiro/RJ, 2000

E ainda querem me convencer de que os goiabas é que sabem fazer esporte!
É por isso que, apesar dos pesares, prefiro o cockney ao cowboy e a Rainha ao Mickey Mouse.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Adivinhações

Aproveitando o tema Euro 2008, eis aqui um exercício de adivinhação futebolística a respeito do segundo mais importante torneiro de seleções da FIFA.
Vale dizer que estou assumindo algumas coisas (formação dos grupos da fase final, cruzamento de classificados, etc.), mas acho que dá para ter uma idéia da carnificina que será a competição.

Vamos aos palpites:

Fase eliminatória:

Grupo A: Portugal em primeiro e Bélgica em segundo.

Grupo B: Itália em primeiro e França em segundo

Grupo C: Turquia em primeiro e Noruega em segundo

Grupo D: Alemanha em primeiro e República Tcheca em segundo

Grupo E: Inglaterra em primeiro e Rússia em segundo

Grupo F: Espanha em primeiro e Dinamarca em segundo

Grupo G: Holanda em primeiro e Romênia em segundo

Fase final - Grupos:

Grupo 1: Portugal, Suiça, França e Turquia

Classificados: Portugal em primeiro e França em segundo

Grupo 2: Itália, Noruega, Alemanha e Rússia

Classificados: Alemanha em primeiro e Itália em segundo

Grupo 3: Espanha, Romênia, Bélgica e República Tcheca

Classificados: Espanha em primeiro e República Tcheca em segundo

Grupo 4: Inglaterra, Dinamarca, Holanda e Áustria

Classificados: Inglaterra em primeiro e Holanda em segundo

Quartas de finais:

Portugal x Itália; Itália ganha

Alemanha x França; Alemanha ganha

Espanha x Holanda; Espanha ganha

Inglaterra x República Tcheca; Inglaterra ganha

Semi-finais:

Itália x Alemanha; Alemanha ganha

Espanha x Inglaterra; Espanha ganha

Disputa de terceiro lugar:

Itália x Inglaterra; Itália ganha

Final:

Alemanha x Espanha; Espanha ganha


Sei que apostar nos amarelões espanhóis é mais arriscado do que investir em ações na Bovespa, mas como este espaço é livre para opiniões diversas, meus palpites já estão definidos.
Só espero me lembrar deles até 2008

Para acompanhar os resultados do torneio, clique aqui.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Voltei das férias...

...mas post novo só na sexta.

Afinal de contas, preciso descansar depois de três semanas de comer-beber-viver.