quarta-feira, janeiro 31, 2007

Da Espanha para a Itália

Parece que tudo já está consolidado.
Ronaldo, aquele que um dia foi o Fenômeno, está com tudo certo para jogar em Milão.
Infelizmente para os tifosi da Internazionale, o destino dele é vestir a camisa rubro-negra do Milan, o que pode render alguns problemas para o ex-craque brasileiro.
Isso se a paixão for tão grande quanto aqui e eles acharem mesmo que o Ronaldo os traiu mais uma vez.

Os exames médicos já foram feitos. A volta para Madrid também, mas muitos apostam que isso foi só para fazer as malas e dizer "adiós" para as namoradas.

Dizem que a noite madrileña não será a mesma sem Ronaldo e Beckham, mas acho que os torcedores merengues não se importam muito com isso.
Se a destruição promovida pelo Fabio "Jack Welch" Capello funcionar, tudo valeu a pena.

Infelizmente para o italiano, o tiro pode sair pela culatra.


Hasta nunca, Real


UPDATE:

O negócio foi fechado e Madrid é passado, con direito a espetadas em Capello e lágrimas de crocodilo.
Boa sorte, Ronalducho, você vai precisar.

Fonte: Terra

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A Copinha

Não deu para o Tricolor.
O Cruzeiro jogou bem e teve competência para ganhar a Copa São Paulo de futebol junior deste ano.
Os meninos do São Paulo bem que tentaram, mas Sérgio Mota não estava em campo e a sorte também não.
O goleiro pegou o sexto pênalti e com isso começou a festa de uns e o choro de outros.


A defesa decisiva


Aliás, Sérgio Mota deve ser um dos nomes escolhidos pelo Muricy para integrar o elenco do time principal do São Paulo.
O menino é um ponta-de-lança como os de antigamente e dá gosto vê-lo jogar. Elegância, inteligência, técnica e vontade. Me lembra o estilo do Falcão, mas jogando na posição do Raí. Vale a pena ficar de olho nele.

Além do Sérgio Mota, devem subir o zagueiro Breno e o atacante Léo Gonçalves.
O primeiro só não assume a camisa titular o Tricolor em um ou dois anos se for vendido para a Europa antes e o segundo pode virar uma ótima opção para um ataque com número limitado de nomes.

Somando tudo isso, apesar da doída derrota, pode ser que o futuro dos meninos do Tricolor seja bem promissor.

E para não dizer que não falei do Cruzeiro, os nomes que devem aparecer daqui a pouco são o meia Guilherme (co-artilheiro do campeonato, ao lado do sãopaulino Thiago) e o lateral Anderson.
Olho neles!

Fotos: Terra

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Libertadores 2007



O torneio internacional que mais agrada ao São Paulo começa no fim deste mês.
Quer dizer, o que começa é o torneio preliminar que define os últimos participantes do que se pode chamar de torneio "de verdade".
Essa fase traz os times que ficaram em posições relativamente boas nos campeonatos nacionais, mas que precisam disputar mais uma eliminatória para avançar e se juntar aos melhores.
É mais ou menos como o torneio de qualificação do Grand Slam do tênis: você faz vestibular antes de querer enfrentar os grandes.

Os confrontos dessa pré-Libertadores são os seguintes:
Chave 1
31/1 21h45 Blooming (BOL) x Santos (BRA) S. C. de la Sierra
7/2 21h45 Santos (BRA) x Blooming (BOL) Santos
Chave 2
30/1 20h15 Vélez Sarsfield (ARG) x Danubio (URU) Buenos Aires
6/2 21h15 Danubio (URU) x Vélez Sarsfield (ARG) Montevidéu
Chave 3
30/1 22h30 Dep. Táchira (VEN) x Dep. Tolima (COL) San Cristóbal
8/2 22h Dep. Tolima (COL) x Dep. Táchira (VEN) Ibagué
Chave 4
1/2 21h30 Tacuary (PAR) x LDU (EQU) Assunção
6/2 23h45 LDU (EQU) x Tacuary (PAR) Quito
Chave 5
1/2 19h15 Cobreloa (CHI) x Paraná (BRA) Calama
7/2 21h45 Paraná (PAR) x Cobreloa (CHI) Curitiba
Chave 6
25/1 1h15 América (MEX) x Sporting Cristal (PER) Cidade do México
1/2 0h15 Sporting Cristal (PER) x América (MEX) Lima


Depois desse primeiro "mata mata", os sobreviventes vão para a turma "maior" e começam a disputar o título propriamente dito à partir de 13 de fevereiro.
Exercitando um pouco a minha esquecida bola de cristal, a divisão dos grupos deve ser a seguinte:
Grupo 1: Banfield (ARG), Libertad (PAR), El Nacional (EQU) e Ganhador 6, que deve ser o América do México
Passam para a próxima fase: Banfield e América

Grupo 2: São Paulo (BRA), Audax Italiano (CHI), Alianza Lima (PER) e Necaxa (MEX)
Seguem: São Paulo, claro, e Necaxa

Grupo 3: Grêmio (BRA), Cerro Porteño (PAR), Cúcuta Deportivo (COL) e Ganhador 3, provavelmente o Deportivo Táchira
Seguem: Grêmo e Cerro Porteño

Grupo 4: Internacional (BRA), Nacional (URU), Emelec (EQU) e Ganhador 2, chances maiores para o Vélez Sarsfield

Grupo 5: Flamengo (BRA), Real Potosí (BOL), Unión Maracaibo (VEN) e Ganhador 5, na minha opinião o Paraná
Do grupo mais ridículo do torneio saem o Flamengo e o Paraná

Grupo 6: River Plate (ARG), Colo Colo (CHI), Caracas (VEN) e Ganhador 4, LDU com certeza
Passam: River e Colo Colo (viva Chile, mierda!)

Grupo 7: Boca Juniors (ARG), Bolívar (BOL), Cienciano (PER) e Toluca (MEX)
Passam: Boca e Toluca

Grupo 8: Gimnasia y Esgrima (ARG), Defensor Sporting (URU), Deportivo Pasto (COL) e Ganhador 1, o Santos
Passam: Santos e Gimasia


Infelizmente, apesar de ter procurado bastante no site da Conmebol, não achei nenhuma referência às datas ou à formação dos times para a fase seguinte.
Fico devendo essa.
Eu não deveria ficar surpreso. Não estamos falando da Uefa, por isso não é bom exigir coisas como planejamento ou preparo.

Um dia eu largo essa tal de América Latina e me mudo para o meio do Pacífico!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Vale o recorde?

Essa é bem velha, mas como esqueci de comentar na época e o número de assuntos está rareando, resolvi registrar o riso que senti após ler a contestação de Chilavert ao recorde de gols atingido pelo Rogério Ceni.
E quando digo que ri é por que realmente fiz isso já que ouvir algo vindo de um "bandido" como Chilavert não pode receber outro tratamento.

Essa estória de que fazer gols na Seleção é o que vale até que tem um fundo de lógica, mas acho que ao adotar isso somos obrigados a pensar também na dificuldade em se firmar como titular nas seleções do Paraguai e do Brasil.
A competição aqui é bem maior e para deixar de lado qualquer preferência por um jogador do meu time, coloco aqui o desafio de encontrar alguém que ache que o Chilavert é melhor do que o Dida ou o Marcos.
Talvez até exista alguém que pense assim, mas pessoalmente acho que o gordinho não é melhor nem que o Taffarel!

Dito isso, acho que não há motivos para diminuir o feito do Rogério e para deixar de comemorar uma conquista de um jogador que normalmente evita gols, não os faz.
O cara é o maior goleiro-artilheiro da história e ninguém tasca!

A conclusçao final é que o recorde vale sim e muito, principalmente para a nação Tricolor.
E este ano tem mais.
Rumo ao gol 100!

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O fim dos Galácticos

O Real Madrid está em decomposição e o cheiro já começa a empestear a Espanha.
O tal Fabio Capello chegou (de novo) e iniciou a revolução dentro do clube (a segunda), cujo início foi a dispensa de alguns medalhões considerados intocáveis em outras eras. Isso por que Zizou já havia partido por conta própria, o que deixou o time sem, pelo menos, metade da sua classe.
Ronaldo já foi descartado, o mesmo Ronaldo que ganhou e foi artilheiro da Copa de 2002, depois de se recuperar de uma grave lesão no joelho. Na verdade foram duas e mesmo assim ele voltou contra todas as expectativas.
Parece que desta vez não tem jeito.
Não que ir para o Milan seja algo realmente ruim, mas imagino que uma dispensa compulsória como a que está acontecendo agora não seja boa para a fama de nenhum jogador, mesmo que ele só se arrisque em jogos de solteiros e casados.


Beckham e Ronaldo: rumo à aposentadoria?


As tais dipensas cometidas por Capello não são nada desprezíveis.
Além do Fenômeno, Beckham, Cassano e Michel Salgado, aquele que quebrou a perna do Juninho Paulista, já não fazem mais parte dos planos para 2007.
Ou eles arrumam outro clube ou se resignam ao desemprego e, por que não, à aposentadoria.
E o pior é que a torcida apóia as mudanças (mesmo após o incidente do final de semana).
Nada mais natural para um time que não ganha nada há anos e que ficou conhecido como "los galacticos".
Prova de que nome e fama não ganham nem par ou ímpar.


O apoio da torcida ao treinador


Não gosto do estilo de Capello. Ele joga para trás e não preza a qualidade do futebol, só a eficiência. Se fosse no Brasil, ele seria um Felipão piorado, mas muito piorado. Uma mescla da arrogância de Leão com o pragmatismo do Parreira. Um horror!
Mas mesmo que eu não goste dele, acho que ninguém aguenta mais esperar pela reação do Real. Nem meu ex-chefe espanhol que, mesmo apaixonado, não tem muitas esperanças.
E como é preciso fazer algo, por que não economizar uma grana e começar as degolas pelos que tiverem maior relação salário x mau desempenho?

Mesmo dispensado, Beckham não deve se dar mal.
Ele assinou um contrato com o Los Angeles Galaxy e vai jogar nos "espetacular" campeonato americano.
Para um jogador estrela, nada melhor do que a cidade do cinema.
Mesmo que ele não jogue nada, acho que ninguém vai reclamar já que a cidade está acostumada a ver porcarias das suas outras estrelas. Tom Cruise que o diga.


Beckham e a mãe: saudade?


Como bom torcedor merengue, espero que as mudanças levantem o time, que os brasileiros restantes (Robinho, Cicinho, Marcelo) tenham mais chances, que o Capello seja mandado embora e que o Barcelona volte ao ocaso de onde não deveria ter saído.
Ao Ronaldo, desejo que ele decida se aposentar e realizar o sonho de acabar a carreira no Flamengo.
Quanto mais inofensiva a equipe, melhor para as suas baladas e namoros.

Fonte: Terra

quarta-feira, janeiro 17, 2007

A formação do time



O Tricolor 2007 ainda está e formação.
Vieram Francisco Alex, Caiuby, Borges e Fernando e se juntaram aos já contratados Hugo e Jadílson.
Nenhuma super-estrela, alguns jogadores muito jovens e o irmão do ex-corinthiano Carlos Alberto, o que não me agrada muito por temer certas características genéticas, mas não há nada a fazer. A coisa já está feita.

Isso não seria exatamente uma reposição da importantes peças que se foram - Danilo e Fabão - mas serve como um ótimo começo.
Talvez durante o Paulista, o time se acerte e o Muricy visualize quem pode ajudar o time a ganhar tudo e quem não passará de um eficiente reserva ou membro da equipe que vai excursionar para a Índia.

Como o mundo é redondo, também aconteceram partidas: Ramalho, Edgar, Alex Dias e Mineiro não estão mais no time.
Com relação a este último, ninguém sabe onde ele está já que o contrato com o São Paulo não foi renovado e o novo time ainda não apareceu.
Me cheira a trapalhada de empresários, mau direcionamento e prejuízo maior exatamente para o jogador que fica inativo com essa indefinição.
Vamos ver o que vai acontecer.

No terreno das possibilidades seguem os nomes de sempre: Dagoberto, Carlos Alberto do Figueirense, Cléber Santana e o sempre desejado Nilmar, que parece estar se acertando com o Corinthians, mas por um tempo curto.

O importante disso tudo é que o time faça um bom Paulista, idealmente com mais um título, que o entrosamento venha e que todos fiquem "em cima dos cascos" para a Libertadores, onde o Tricolor vai buscar o Tetra, que já se visualiza com muito difícil mas que eu acredito que seja plenamente possível.
Alguém aposta contra o time 4-3-3?

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Estádios


A bela fachada


O primeiro estádio da minha vida deve ter sido o velho Pacaembu.
A dúvida é natural quando a primeira experiência futebolística acontece quando se tem cinco anos de idade. Essa informação também é duvidosa, mas bem pouco importante para o que tenho em mente.
Quero falar da experiência de ir ao estádio e compartilhar o instinto coletivo com aquele bando de gente que assume sua irracionalidade durante quase duas horas e frequentemente sai satisfeito com isso.
Não importa se falta leite em casa, dinheiro no bolso e emprego na segunda-feira.
A experiência de ir a um estádio de futebol é tão única, que se não justifica tudo, pelo menos ameniza grande parte das dores desta vida.

Voltando ao Pacaembu, não conheço lugar mais agradável para ver uma partida de futebol.
Mesmo a chuva torrencial que peguei na primeira vez, quando estava com meu velho pai e meu tio do coração, serviu para diminuir a festa.
Naquela época não havia metrô na Zona Oeste e por isso caminhamos na chuva por toda a Avenida Pacaembu até conseguir pegar um ônibus próximo à General Olímpio da Silveira.
Era um Corinthians e XV de Jaú em um Paulista do início dos anos 80. Infelizmente não me lembro do ano, mas sei que os corintianos ganharam por 2 a 1.
Apesar de ser um semi-fanático tricolor paulista, meu pai gosta de tudo que se refere a povo e uma afinidade pelo time da Fiel era algo natural. Daí a nossa presença nesse jogo.


O belo e bom Pacaembu


O Pacaembu é caloroso, colorido, acessível (ao menos hoje) e, acima de tudo, bonito.
A sua fachada é o máximo e seu entorno é melhor ainda. Até quem mora ali perto não tem do que reclamar já que pode ter o privilégio de ver o jogo sem pagar nada, de uma distância maior, é verdade, mas ainda assim de graça.

Já o Morumbi é outra estória. Um estádio grande, distante, meio gelado, mas cheio de significados. É a casa do meu São Paulo, o que já diz tudo sobre o seu lugar no meu coração. É para que vou quando quero gritar gol e é lá que pretendo estar quando o Tricolor ganhar o tetra no próximo domingo.


O grande Morumbi


Além do futebol, o Morumbi também é o lugar onde me encontrei com a turma do Bono por duas vezes, o que só aumenta a ligação com o lugar.

Antigamente eu achava muito complicado chegar até o templo tricolor. Eu não tinha carro e por isso só entrava no estádio se fosse acompanhado de algum amigo do meu velho que nos dava carona e nos colocava de algum jeito no meio das numeradas.
Acho que meu pai sentia a mesma dificuldade já que nunca fez questão de nos levar ao estádio. Na verdade, devem ter existido motivos muito mais importantes do que esse, mas a verdade é que isso ma ajudou a não ter muita simpatia por estádio e aglomerações.


A fachada do Morumbi


Ainda bem que existem os automóveis e os estacionamentos de shopping, que mudaram radicalmente a ordem das coisas.
Agora posso pegar o carro da família, colocar a minha mineira ao meu lado e rumar para o distante Morumbi para curtir a brisa fria do bairro e a energia quente da galera.
Mesmo com os preços extorsivos que alguns malandros teimam em cobrar pelos diversos tipos de estacionamentos disponíveis, ainda acho que valha a pena se posicionar lá em cima na arquibancada e curtir toda a alegria que o São Paulo nos proporciona.

Se Ele quiser esta será apenas a primeira de muitas vezes que veremos o Tricolor campeão!


O templo Tricolor lotado

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Don Diego

Eu amo o Maradona!
Amo o gol de mão e os dribles em todo o time da Inglaterra em 86, as embaixadas com um limão na adolescência, a agressão contra o Batista em 82, a comemoração energética e raivosa em 94 e o show atual nos jogos de Showbol.
Amo até a perseguição americana em 94, que flagrou Don Diego "alto" novamente e mostrou o quão "goiabas" podem ser mesmo os filhotes de Bush.
Amo quase tudo no Maradona, que para mim é 99% perfeito.
Só falta uma coisa para ele atingir o grau de divindade: ser brasileiro.



Sim por que se Maradona fosse brasileiro, a briga pelo título de melhor de todos os tempos teria muito mais graça.
Sendo argentino, nossa preferência por Pelé fica muito mais fácil.
Somamos a fome de amar Pelé com a vontade de comer de odiar os argentinos e a coisa se resolve por aí.
Mas se ele fosse brasileiro, ah, teríamos um problemão nas mãos.
Como tenho a tendência de gostar mais de jogadores que vi jogar, comigo Maradona teria um voto garantido.



Admiro tanto o jogador Maradona, que consigo separá-lo do homem, drogado, desbocado, mal-educado e vulgar. O jogador Maradona é o máximo e o homem é apenas um homem.
Mas apesar de separar o homem do jogador nas minhas preferências, não chego ao cúmulo de considerá-los comos pessoas diferentes como faz nosso querido Pelé.
Ambos são aspectos da mesma pessoa e como tais podem gerar amores e ódios.
Também acho exagerada, para não dizer ridícula, a fundação da Igreja Maradoniana em Buenos Aires, mas aí me lembro que eles são argentinos e isso me tranquiliza.
Como algumas pessoas uns 2000 anos antes, eles certamente não sabem o que fazem.



Acredito que, comparações à parte, não há quem não admita que Maradona é um jogador a se invejar e que seria ótimo tê-lo do nosso lado.
Feliz ou infelizmente isso não aconteceu e temos que aturar nossos vizinhos com mais esta razão para se considerarem os maiorais.
Correndo o risco de ser apedrejado pelos meus vizinhos, confesso que em se tratando de Maradona, os argentinos estão cobertos de razão.