quinta-feira, julho 27, 2006

Sai, zica!

E o São Paulo conseguiu acabar com o micro-tabu e bateu o Guadalajara lá no saudoso Estádio Jalisco.
Foi uma grande vitória com números pequenos. Apenas um gol não dá a correta idéia do que foi a partida, mas serve para a nação tricolor ficar animada com o jogo da volta e com a perspectiva de mais uma final da Libertadores.
E essa perspectiva fica ainda mais animadora quando se pensa que o adversário pode ser outro time brasileiro. E pelo segundo ano consecutivo!
Por isso, hoje sou colorado desde criancinha e já vou começar a reservar mentalmente meu lugarzinho lá no Beira Rio (apesar do jogo de hoje ser em Assunção).



O São Paulo jogou como há tempos não se via.
Na verdade, eu não deveria estranhar a raça demonstrada em campo, já que essa é uma das principais características desse time, mas como o Guadalajara já havia ganho do Tricolor este ano, a forma de jogar do time foi uma agradável surpresa.
E foi uma forma óbvia, que já deu certo no ano passado contra o River Plate: atacar massivamente um time que está acostumado a jogar sempre no ataque quando está em seus domínios.
O resultado disso foi que ao Chivas só sobrou o contra-ataque e o embate com a assustadoramente guerreira defesa comandada pelo espetacular Diego Lugano.
E esse adjetivo não se refere à sua habilidade ou visão de jogo, mas sim à sua dedicação. Essa raça uruguaia é o símbolo de um time que sabe que é bom, mas que sabe que fica ainda melhor quando corre, luta e dá o sangue.
E ainda houve o fator sorte, que na minha modesta opinião está diretamente relacionada à dedicação nos treinos e ao preparo tático da equipe. É impressionante comprovar que quanto mais um time (ou atleta) treina e se dedica, mais sorte ele tem.
Curioso, não?



É ingênuo afirmar que os jogadores sãopaulinos fazem isso apenas por motivos altruistas e que não existe um componente de busca pelo benefício da carreira, mas tenho certeza que a torcida se identifica no time e até os mais limitados tecnicamente são ovacionados.

É assim que se joga Seleção. É essa dedicação que queremos ver. É dessa forma que a torcida vai apoiá-los independente do resultado.
Sim, por que tenho certeza que mesmo perdendo na próxima semana ou na final, a torcida sãopaulina já está satisfeita e vai agradecer muito aos seus representantes em campo.



Valeu Tricolor. Valeu Lugano. Valeu Ceni e seus recordes.
A nação agradece o suor.

Fotos: Terra

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