Os jogos de hoje tiveram um especial apelo sentimental para mim.
Na verdade, foi um jogo em especial, o que reuniu a minha terra natal e meu país adotivo, um jogo onde a única certeza era que eu sairia vencedor e derrotado ao mesmo tempo. Vamos aos detalhes:
1) Holanda 2 - Eslováquia 1: o time holandês era muito superior e demonstrou isso abrindo o marcador logo no início do jogo com a jogada que virou marca registrada de Arjen Robben: a corrida pela ponta direito, o corte para o meio e a batida com a perna esquerda. O curioso foi que, depois do gol e até o meio do segundo tempo, a Holanda parou, meio que satisfeita com a vitória parcial. Ao invés de partir para cima da atordoada Eslováquia, eles recuaram e cozinharam o jogo. Isso acabou dando coragem aos esforçados eslovacos que quase empataram o jogo em dois lances de Vittek, mas o futebol não perdoa o quase e a Holanda aproveitou as reclamações da Eslováquia pela marcação de uma falta (que aconteceu) e, em um lançamento rápido para Kuyt, fez o segundo em um chute firme de Snejder, para liquidar a fatura. A Eslováquia ainda diminuiu em um pênalti batido por Vittek, que chegou a quatro gols e se iguala ao argentino Higuaín na artilharia, mas não deu nem tempo de dar a saída. Vitória holandesa e mais uma participação nas quartas-de-final de uma Copa.
2) Brasil 3 - Chile 0: acertei meu palpite no bolão da empresa com dor no coração. A lógica dizia que o Brasil era superior e deveria vencer com facilidade, mas eu me agarrei ao sonho de que o "novo" Chile podia fazer algo que o "antigo" não pôde. Infelizmente a lógica foi mais forte e o Chile, por mais valente que seja, não teve como superar a maior qualidade do Brasil, que teve dificuldade de atacar no início, com seus dois laterais muito bem marcados pelos meninos de Bielsa, mas aos poucos foi dominando o jogo e, em uma cobrança de escanteio, Juan abriu o placar. Logo depois, em um típico contra-ataque "dungueano", o Fabuloso guardou mais um. O segundo tempo veio e nada mudou, nem com a entrada do "Mago" Valdivia. O Brasil seguiu jogando como queria e chegou ao terceiro em outro contra-ataque muito bem concluído por Robinho. Foi a vitória da técnica e da eficiência sobre o esforço e a coragem. O Brasil passa para as quartas e ganha moral. Ao Chile resta o orgulho de ter tentado com coragem e a perspectiva de melhoras ainda maiores para 2014.
Na próxima fase, um duelo que vem se tornando comum nas últimas Copas: Brasil e Holanda.
Confio nos meninos de Dunga e acho que está se desenhando a maior final de todos os tempos. Vamos esperar!
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