Seria lógico pensar que perder um jogo em casa, na frente de 70 mil torcedores faria com que a moral do time baixasse a níveis abissais.
Seria, mas não foi, assim como não foi o que se sentiu após a morte do jovem goleiro Weverson em um acidente de automóvel na Régis Bittencourt, a rodovia que não perdoa erros ou descuidos.
O rapaz tinha 19 anos, era o quarto goleiro do time profissional e tinha tudo para fazer carreira no time. O terceiro goleiro, Bruno, ainda está hospitalizado em estado grave, o que também não ajudaria a levantar os ânimos.
Apesar do luto, o time buscou energias lá de dentro e seguiu em frente, mantendo a moral alta e a animação em dia.
O time sobreviveu e se fortaleceu.
O veto do Betis à presença do Ricardo Oliveira no segundo jogo da final da Libertadores também deveria ter abalado o time, mas parece que a solução já está à disposição, mesmo antes do problema dar as caras: Aloísio deve aparecer no time titular em um jogo onde seu estilo forte e brigador pode fazer muito mais diferença do que a técnica e o oportunismo do Ricardo.
Mesmo que o Ricardo seja liberado de última hora, já me parece um bom exemplo de ingratidão essa teimosia do Betis na reapresentação do jogador. Que diferença faria para eles?
Os espanhóis tentaram nos derrubar, os gaúchos nos mandaram para a UTI e até a morte esteve contra nós, mas o time e a torcida seguem firmes acreditando que a vitória ainda não é impossível.
Não tenho bola de cristal, mas tenho certeza que o jogo de hoje vai mostrar um time aguerrido e vitorioso e uma torcida apaixonada e grata.
O time vai suar a camisa como se deve e o Internacional terá que fazer o mesmo se quiser comemorar o título na frente da sua torcida.
Aqui em São Paulo, a massa tricolor estará ligada na TV e no rádio e fazendo encomendas para a Comissão Técnica do Céu.
Nada tão sério a ponto de mudar a vida das pessoas em caso de derrota, mas já acredito que temos condições de ganhar.
Temos time, vontade e causa.
Temos tudo que se precisa.
Só nos resta o resultado, seja ele qual for.
E tomando emprestada uma frase muito popular na América espanhola, temos que torcer e acreditar que sí, se puede.
Acreditem! Se puede
Salve o tricolor paulista!
Foto: Lance
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