Outro dia um amigo que não acompanha muito o futebol me perguntou quem era o parceiro que injetava dinheiro no São Paulo para que o time pudesse montar um time tão competitivo quanto esse que chegou à sua segunda final seguida de Copa Libertadores.
Confesso que hesitei alguns segundos antes de dizer que não havia parceiro na administração do futebol e que o dinheiro do São Paulo vinha de patrocinadores tradicionais e da venda de jogadores.
Ok, que existam outras fontes de renda que estou desprezando, mas a idéia aqui é mostrar que ter um parceiro forte (a exemplo do Palmeiras/Parmalat e do Corinthians/MSI) não é pré-requisito para ganhar títulos e dinheiro.
Apesar de ter defeitos como qualquer outro time no mundo, a receita do São Paulo parece se basear em dois pilares básicos:
- profissionalismo de diretores, e;
- foco em ações estruturais, não em resultados imediatos.
Se não é assim, como explicar que o Centro de Treinamento da Barra Funda tenha se transformado em modelo nacional e que as instalações de recuperação de atletas, o REFFIS, atraia atletas brasileiros de todas as partes do mundo quando o assunto é se recuperar de contusão?
Esse sucesso fica ainda mais evidente quando se acompanham as brigas novelísticas entre a Diretoria do Corinthians e a chefia da MSI.
É hilária a forma como Dualib e Kia se enfrentam, afrontam e desautorizam, assim como fica estranhamente familiar o fato das regras do contrato não serem cumpridas de parte a parte. Ou alguém já se esqueceu de que o Marcelinho Carioca foi contratado pelo Dualib em oposição à cláusula contratual que dizia que isso era atribuição exclusiva da MSI?
Sei que não dá para chamar a Fiel de pobre coitada, mas ela acaba sendo a principal vítima dessa guerra de egos e interesses financeiros. A busca desmesurada pelo dinheiro e pelo poder acaba prejudicando o time e gerando um bando de mercenários, não um grupo vencedor.
Volto a dizer que não estou afirmando que o São Paulo não tenha esse tipo de problema (todo mundo tem o Citadini que merece), mas que eles não costumam afetar a torcida e o admiradores do futebol.
Fases ruins, todos têm, mas ter um time ameaçado de rebaixamento logo depois de ganhar o Brasileiro é exclusividade do povo do Parque São Jorge.
Eu poderia mencionar as críticas à parceria feitas pelo Juca Kfouri, pelo Citadini e por diversos jornalistas, mas acho que já passei a mensagem.
A boa notícia é que esses enfrentamentos Corinthians-MSI não vão durar para sempre.
A alegria dos adversários não deve passar de 2015.
É pouco para vocês!
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