“Se o São Paulo que ainda nem levantou a taça já está se preparando para 2007, nós, que sofremos durante boa parte do ano, temos que fazer o mesmo e é agora.”
Com o perdão da licença poética, foram mais ou menos estas as palavras do técnico do Corinthians, Emerson Leão. Obviamente ele se referia ao anúncio da contratação do lateral-esquerdo Jadílson logo depois do empate com o Atlético Paranaense que definiu o título para o Tricolor. Enquanto o São Paulo já se preparava para os torneios de 2007 (Libertadores, Sulamericana, Paulista, Brasileiro e excursões), o Corinthians perdia tempo fazendo churrascos para comemorar a permanência na Série A e brigando com a MSI pelo controle do Departamento de Futebol do clube.
Pessoalmente, acho bom que seja assim mesmo. Quanto mais alegrias o Timinho me proporcionar, melhor.
Por falar em contratações, a novela Dagoberto continua e já estou achando melhor desistir dessa brincadeira. Como dizia um sábio sem-teto lá da vizinhança onde eu cresci, se não dá, não força.
Mas se Dagol não vier, Hugo (que pode ocupar a meia-esquerda no lugar de Zidanilo) e Jadílson já vieram e outros ainda virão. É o Tricolor querendo formar três times e ganhar tudo no ano que vem. Será que dá? Ah, dá!
Peguei esta imagem no site oficial do São Paulo e não resisti à tentação de reproduzi-la aqui. Adorei o tema natalino e espero que nenhum cartola resolva me processar.
Como diz o marqueteiro Milton Neves, torcer para o São Paulo é uma grande moleza. Vai Tricolor!
O campeonato Brasileiro acabou e eu esqueci de mencionar que o São Paulo, além de Campeão, ainda teve a melhor defesa e o melhor ataque. Só não teve o artilheiro por conta da falta de um homem-gol estável (nosso grupo de atacantes se revezou nos jogos mais do que eu gostaria) e pela presença sempre marcante do goleiro-artilheiro, Rogério Ceni. Aliás, o mesmo Rogério foi o artilheiro do time no ano. E pela segunda vez consecutiva! Certamente isso é um fato que caracteriza o Tricolor.
Para complementar o registro para a posteridade, nada melhor do que a classificação final do torneio, com o Tricolor na ponta e o resto a um bom punhado de pontos atrás:
Ok, ok. Chega de secar o time que bateu o Tricolor na última Libertadores. Nada mais de torcida contra. Também não vai rolar uma torcida a favor (isso é privilégio do Tricolor, da Roja e da Seleção Brasileira sem o Parreira), mas pelo menos vale a solidariedade com um time brasileiro que foi inferior ao campeão europeu, mas teve um lance de sorte e venceu a arrogância e os "melhores do mundo". Igualzinho ao que fez o São Paulo no ano passado contra o Liverpool.
Valeu, Colorado! O futebol brasileiro agradece. Que o Rio Grande (ou pelo menos metade dele) pare para te receber. Parabéns, campeão.
Como adivinho e analista de futebol eu sou mesmo um péssimo blogueiro. Dos três jogos que aconteceram até agora, acertei o vencedor de apenas um deles, o óbvio América do México contra o coreano Keonjuk, campeão da Ásia.
Não adiantou fazer figa e promessa pela derrota do Inter. Apesar do esforço, não deu para o Al Ahly, que já havia ganho do Auckland. Agora só me resta torcer para que o Ronaldinho gaúcho não suba no salto de novo e pipoque no momento decisivo. Somente eu e a torcida do Grêmio sabemos o quão gostoso será comemorar a derrota do Inter. Sim, por que mais do a vitória do Barça (ou do América) eu quero mesmo é ver a derrota do Inter.
Eu nunca consegui odiar Zizou e acho que isso me faz um bom perdedor. Fico orgulhoso por conseguir admirar o homem que adiou o sonho do Penta em uma atuação memorável em pleno Stade de France.
Para ser bem sincero, eu não o admirava muito naquela época. Sabia que se tratava de um grande jogador, mas não tinha idéia da realidade. Eu simplesmente nunca o tinha visto jogar fora da Copa da França e isso limitava muito a minha opinião. Tive que ver aquele massacre para me interessar em acompanhá-lo no Real Madrid, mas isso ainda demorou algum tempo. Só fui render homenagens mesmo depois de 2000, quando mudei de emprego e passei a ter um chefe que era um merenge fanático, do tipo que sai mais cedo do trabalho para ver a final da Champions League contra o Bayern de Munique.
E é exatamente desse jogo a imagem mais impressionante relacionada ao marselhês de origem argelina: o petardo de primeira e de fora da área após um balão do Roberto Carlos que nem o sonho mais desvairado do Oliver Kahn poderia prever. A bola veio alta, talvez alta demais para um chute direto, o que deve ter tranquilizado o goleiro e a defesa; ele parou perto da linha da grande área, armou o chute jogando a perna para trás e começou um movimento não muito rápido, que deve ter deixado o estádio inteiro sem respirar por segundos; a cena parecia estar em câmera lenta quando o pé dele acertou a bola e ela começou a viajar em direção ao gol; o Kahn deve ter dito uma meia-dúzia de impronunciáveis palavrões em alemão e correu para tentar evitar o gol, mas já era tarde, era tarde demais para evitar mais uma marca de Zizou na história do futebol; o gênio francês aprontava mais uma das suas e fazia o seu time campeão.
É dessa forma que me lembro de Zizou. Acho que deu para entender o que eu queria dizer, não é?
Não tenho vergonha de dizer que torço contra o Internacional na próxima edição do Mundial de Clubes da FIFA. Torço contra por que ainda não engoli a derrota na Libertadores e a narração "galvãobueniana" daquele locutor gaúcho que mandou o torcida colorada rasgar a camisa do campeão mundial. Não sou torcedor do Barcelona, muito pelo contrário, mas vou com o time de Ronaldinho até onde for necessário, só para derrubar os colorados. E podem me chamar de mau perdedor que eu não ligo. Internacional é Brasil no Mundial é o cazzo!
Sendo um pouco menos passional, como no ano passado, o Inter e o Barça só entram nas semis, depois que os times menos cotados se pegarem nas eliminatórias. No primeiro desses "jogos da morte" deve dar Auckland contra o Auckland. Como aconteceu na última Copa, o jogo físico do campeão da Oceania deve superar o fraco futebol árabe e chegar onde nenhum outro aussie jamais esteve. Já no segundo, o vencedor deve ser o América do México. O Jeonbuk da Coréia só ganha se envenenar a água dos mexicanos ou se Puskas, Garrincha e Fontaine resolverem incorporar em alguns jogadores. Contra a improbabilidade, a certeza de que os mexicanos pegam o Barça e o Inter pega o Auckland.
Novamente uso a lógica para dizer que o Barça avança para a final e que o Inter deve acompanhá-lo. Mas sempre fica a torcida por uma guerra em campo e uma vitória do Auckland, com lesões graves de Fernandão, Alexandre Pato, Fabiano Eller, Iarley, Alex e até do Abel Braga.
Na final, independente do adversário, dá Barça, com show de Ronaldinho e companhia. Fácil.
E como sou tricolor, adaptei para o Mundial um grito muito popular no Morumbi: vamos Barça, vamos Barça, vamos ser campeões!
Piada meio sem graça, bastante fora de época, mas mesmo assim passível de publicação. Ei-la!
Poeminha do hexa
Viva o Cafu capitão perene Melhor lateral do Jardim Irene. Viva Roberto Carlos veloz como o vento Que arruma as meias durante o cruzamento.
Viva o Kaká, menino bonito Na hora do jogo, amarela no grito. Viva o semi-deus Ronaldinho Gaúcho Tão útil quanto um pinto murcho.
Viva o ativo Parreira Que não substitui, não treina e só diz besteira. Viva o Gagallo Mas arrumem um asilo para interná-lo.
Lamento por Dida, Juan, Zé Roberto e Robinho Que até brilharam nesse timinho Mas o resto eu quero que se dane Porque quem joga mesmo é o Zidane.
Vamos esperar o Parreira descer do avião E dizer que para treinar a Seleção "É preciso trabalho, cérebro e dedicação" É também preciso ter coração como o grande Felipão.
Chega de Zagallo, chega de Parreira Não precisamos destes velhos caretas. E 'Fora babaquice' Tem treze letras.
Morreu Puskas. Morreu parte do futebol. Morreu um pouco da magia de antigamente. Restam poucos daquele time, aquele que encantou, maravilhou, mas não venceu. Quer dizer, venceu, mas não exatamente do jeito que eles queriam. Venceu ao se imortalizar e ao fazer do seu capitão, forte, habilidoso, nervoso, brigador e genial um dos maiores de todos os tempos.
Não o vi jogar, mas acho que não preciso. As poucas imagens da época em que meu pai era um menino já dizem tudo. Puskas era o futebol e por isso morreu o futebol. Vida longa a Puskas que finalmente vai jogar ao lado do Mané e de Didi. Que timaço!
O ano de 2007 tem que ser mais um na seqüência de conquistas do São Paulo. Digo que tem que ser por que tenho visão de torcedor apaixonado e não me amarro a nenhum fato concreto ou perspectiva realista. Paixões têm a obrigação de não ter obrigações com a realidade. Se tiverem, se transformam em gosto, em apreço, sem simpatia. Paixão não tem razão. É paixão e pronto.
E do alto da minha paixão, digo que o Tricolor vai continuar sendo o maioral, aquele que se não ganha tudo, chega bem perto em quase todas as vezes.
Do time de 2006, tirando os japoneses e colocando o goiano que já chegou, ficamos com o seguinte quadro: - no gol Rogério Ceni e Bosco: dois bons goleiros e um ídolo artilheiro; parecer: ótimo; - na zaga: André Dias, Miranda, Alex Silva, Edcarlos, Alex e Carlinhos: um conjunto jovem e cheio de vontade; parecer: médio para bom; - na lateral direita: Ilsinho e Reasco, com Souza improvisado quando for necessário; parecer: ótimo; - na lateral esquerda: Jadílson e Lúcio, com André Dias e Junior quebrando o galho; parecer: médio para fraco; - os volantes: Mineiro, Josué, Richarlyson e Ramalho; parecer: bom para ótimo; - os meias: Souza, Junior, Rodrigo Fabri e Lenílson; parecer: médio; aqui seria necessário contratar um bom meia esquerda; - os atacantes: Aloísio, Leandro, Thiago, Alex Dias, Tadeu e Edgar; parecer: bom, mas com potencial de melhora.
Aparentemente só Zidanilo deixa uma vaga sem substituto imediato à altura, mas ainda há tempo para contratar ou trocar jogadores. Nessa linha, nomes como Dagoberto, Marcos Aurélio e principalmente Nilmar seriam perfeitos para reforçar o ataque. Mas ainda faltaria o meia.
Um nome que me agradaria bastante seria o Podrinho, quer dizer, o Pedrinho do Fluminense, mas como ele passa mais tempo no departamento médico do que em campo, é melhor mudar de idéia. É uma pena que ele tenha entrado nessa sina, já que desde a sua passagem pelo Palmeiras, admiro muito a sua habilidade e o seu toque refinado.
Outras possibilidades seriam Ferreira do Atlético Paranaense e o meio campo do Figueirense, mas tirando isso, restam poucas opções dentro do mercado nacional, ao menos opções que sejam do meu conhecimento. Como eu admito que conheço muito pouco do mundo da bola, deixo as surpresas por conta da diretoria do Tricolor. Que elas venham em quantidade!
Quase todas as emoções das três séries do Campeonato Brasileiro já foram vividas. Já temos campeões, rebaixados, classificados para algumas copas e até times que não saíram do lugar, o que só não é pior do que cair. Para esse último grupo de times, caso não seja feito um investimento ou uma estruturação, sempre existe o ano que vem para reviver as emoções da quase-queda.
Na Série A, o campeão é o São Paulo e os rebaixados são a Ponte Preta, o São Caetano, o Fortaleza e o Santa Cruz. Dois no Nordeste e dois de São Paulo. Não gostei. Para a Libertadores, já se garantiram o Santos e o Grêmio. Falta a última vaga, aquela que é só metade já que obriga uma eliminatória antes do torneio principal. Na disputa, Paraná e Vasco, com vantagem para os paranaenses que jogam a última em casa. Mesmo que seja contra o São Paulo, torço pelo Paraná.
Na Série B, ganhou o Galo mineiro, que levou junto consigo para a Série A o Náutico, o Sport e o América de Natal. Um grande mineiro e três times do Nordeste para repor as perdas deste ano. Bom resultado. Pena para o Paulista que ganhou fora de casa mas perdeu a última vaga nos critérios de desempate. E pior é pensar que a vaga escapou nos últimos minutos do jogo do Atlético Mineiro, que ganhava por dois a zero, mas deixou o América empatar e se garantir. Que no próximo ano a coisa seja definida antes em favor do time de Jundiaí. Os rebaixados foram o Guarani, Paysandu, São Raimundo e Vila Nova. Um campeão brasileiro e um grande time do Norte que já teve passagens pela Libertadores. A Portuguesa se salvou no final do jogo com o Sport e com um gol de pênalti. Ufa! Duas máxima para descrever este resultado: "o futebol não perdoa a incompetência" e "tradição não enche barriga".
E na Série C, ganhou o Criciúma e subiram o Ipatinga, o Barueri (até que enfim um paulista se dando bem) e o Vitória da Bahia. Enquanto isso o Bahia segue na purgatório dos incompetentes. Vergonhoso para um time grande como esse, mas sintomático das exigências do futebol atual. Se bobear, o Ipatinga chega na primeira antes que o Bahia chegue à segunda. E isso por que não existe uma quarta para se cair. Coisa feia!
Danilo e Fabão estão saindo. Vão para o Kashima de Paulo Autuori. Que eles tenham sorte lá e que levem nossos agradecimentos pelo Tetra. Não acho que nenhum deles seja insubstituível, apesar de gostar do futebol de Zidanilo. Que Junior vá para o meio e seja o que Deus quiser!
Muricy assinou por dois anos e Mineiro está decidindo entre um contrato de quatro anos e o Japão.
Jadílson do Goiás já foi confirmado, talvez para o lugar de Junior na lateral. Será?
Outros nomes que poderiam vir: Dagoberto e Marcos Aurélio do Atlético Paranaense, Nilmar do Lyon (por que ele não é mais do Corinthians) e Soares do Figueirense. Só espero que essas mudanças não levem jovens talentos como o bom Tiago
O título do São Paulo não encerra as brigas dos demais clubes dentro das várias divisões do Brasileiro. Cada um segue brigando pelos seus interesses no ano que vem, uns com mais chances, outros apenas com desespero. Vamos a eles.
Os clubes brasileiros na Libertadores do ano que vem já estão praticamente definidos. Flamengo (campeão da Copa do Brasil), Internacional (campeão da Libertadores), São Paulo (campeão brasileiro) e Grêmio (terceiro no Brasileiro) já estão garantidos. O Santos deve ficar com a terceira vaga do Brasileiro e a quarta, aquela que prevê uma disputa prévia antes do torneio principal, está entre Vasco e Paraná, mais para os cariocas do que para os paranaenses, é verdade.
A queda para a Série B já é verdade matemática para o Fortaleza e para o Santa Cruz. O São Caetano já caiu, mas não sabe, e a Ponte briga para mandar o Fluminense de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Se bem que sempre existe a possibilidade de alguém escascarar a mesa.
Da Sulamericana eu não falo por que não gosto do torneio. Próximo tema.
O Atlético Mineiro, o Náutico e o Sport já garantiram a vaga na Série A e a última vaga está na mão do América de Natal. O Paulista de Jundiaí só fica com ela se eu ganhar na Mega Sena, o Galo bater o América no jogo das faixas (o Galo é o campeão da Série B) e ele, Paulista, ganhar do Brasiliense lá no Planalto Central. Improvável, mas não impossível.
Assim como também não é impossível que a Lusinha se safe do inferno da Série C. Ela depende apenas das suas forças para seguir na Série B, enquanto que o Guarani precisa ganhar e torcer. Com a qualidade do time atual, acho que torcer é mais fácil.
E daqui a pouco tem Mundial Interclubes e Barcelona campeão. Ou alguém achou que eu torceria para o Inter? Inter é Brasil é o cazzo!
O São Paulo é tetra, a torcida está feliz, eu estava lá e a minha mineira também. Tudo está no seu lugar e a vida é bela. Como é fácil conseguir a felicidade de um "pobre"!
Mesmo que o empate com o Atlético Paranaense tenha frustrado um pouco a festa da galera e a ansiedade pelo fim do jogo do Internacional tenham adiado a comemoração por alguns minutos, no final tudo deu certo, todo mundo gritou e a cidade virou Tricolor. Não adianta se declarar alvi-negro ou palestrino, hoje o mundo é do São Paulo e da sua satisfeita torcida que deixou para trás a imagem de fria e acomodada. O mundo é nosso e ano que vem tem mais. Já que sonhar é de graça, que venha o Paulista, o tetra da Libertadores, o penta do Brasileiro e o tetra Mundial.
Não sei se o time mudará muito - Fabão e Danilo já estão de saída para o Japão - e se conseguiremos manter a melhor dupla de volantes do Brasil, São Josué e São Mineiro, mas tenho confiança no bom trabalho da diretoria e no reforço do time, portanto, ponham as barbas de molho adversários, o Tricolor vem aí. De novo!
A boa fase do São Paulo me levou de volta aos estádios. Aproveitei a oportunidade e resolvi rever o gramado do Morumbi e mostrar o Tricolor para a minha mineira, que adorou a experiência e já está dando os primeiros sinais de fanatismo futebolístico. Até birra do Corinthians ela já pegou!
Nesta minha volta, revi um fato que não me era desconhecido, mas que estava esquecido com meu afastamento e com as batalhas campais que vemos na TV antes, durante e após alguns jogos do esporte bretão: a torcida é formada por pessoas normais, iguais a eu e você, e não por marginais, serial killers ou terroristas da Al Qaeda. Quer dizer, até existem alguns elementos que não honram muito a raça humana e que possuem ficha corrida mais longa do que a do Marcola, mas o que vi nas arquibancadas do Morumbi me faz acreditar que eles são uma minoria, que felizmente não tem nenhuma chance de tomar conta dos estádios ou de colocar em risco a vida dos demais.
Mas se o torcedor não é bandido, então quem ele é? Um pai de família, por exemplo, que gosta de ver seu joguinho pela TV e aproveita um sábado de sol para levar o filho pequeno ao futebol, na sincera esperança de que ele, o filho, abrace por iniciativa própria aquilo que ele adoraria decretar por Medida Provisória: o amor ao time do coração dele, no caso, do pai. Também vemos uma moçada, meninos e meninas, que estuda junta e resolve se distrair xingando algum juiz ou gritando gol a cada sucesso do time. Assim eles criam ainda mais intimidade com o grupo e crescem no processo.
Pessoas como eu e a minha mineira, casais jovens que não morrem pelo time, mas gostam da energia, também são cada vez mais numerosos nos estádios. Ainda bem. Por falar em morrer pelo time, infelizmente também existem aqueles que se não são marginais, erram também ao exagerar na devoção e tornar o time a coisa mais importante da vida. Uma vez o Professor me disse que isso é coisa de gente pobre e sem esperança, mas eu não concordei e não concordo. Se é para ser assim, melhor eliminar o futebol. Por mais difícil e opressivo que seja, o futebol não pode ser a razão de viver da pessoa e não pode, por exemplo, substituir o leite que se deixa de comprar para o filho. Dedicação sim, loucura, não.
E por falar em dedicação e devoção, não tenho como não me lembrar do Corinthians e da sua doente e fiel torcida. Além de ser um fenômeno ao ter conseguido aumentar o número de torcedores, mesmo durante o jejum de 23 anos, a Fiel protagonizou um maravilhoso momento ao "invadir" o Maracanã durante a semi-final do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense. Tudo bem que a torcida do Flamengo ajudou bastante, mas mesmo assim os corintianos foram em massa e ajudaram o Corinthians a ganhar o jogo.
É por tudo que eu curto tanto o futebol e fico tão triste quando as gangues resolvem frequentar os estádios e bagunçar o coreto. Que eles sumam e que só fiquem os que querem torcer e se divertir. Borrachada neles! Dá-lhe Choque!
Comentei hoje com alguns amigos que o campeonato chegou a um ponto onde é mais divertido olhar para baixo do que para cima na tabela de classificação. Com o São Paulo virtualmente campeão, o meu interesse se volta mais para quem pode cair para a Série B.
Fortaleza e Santa Cruz já foram, culpa talvez de uma preparação inadequada para disputar a Série A. O time cearense até que se segurou na temporada passada, mas o pernambucano subiu e ao invés de se reforçar, tratou de vender os principais jogadores, talvez para pagar algumas dívidas. Deu no que deu. Agora toca refazer o trabalho e brigar para subir de novo.
Usando de toda a minha clarividência, acho que os outros dois rebaixados serão o São Caetano e o Fluminense. Acredito que Ponte e Palmeiras se safarão por pouco e permanecerão na elite. Que isso sirva de lição para o ano que vem.
Segue a classificação atualizada e meu desejo de ainda mais diversão nos próximos três jogos.
Com a quase sacramentação do título do São Paulo no Campeonato Brasileiro, começo a voltar meus olhos para o Mundial de Clubes da FIFA, aquele que o Tricolor ganhou no ano passado e que chegou bem perto de disputar neste ano.
Falta cerca de um mês para o torneio e só agora estão sendo definidos todos os participantes. Até parece que é a CBF que está organizando tudo, mas, pensando bem, em se tratando de FIFA, tudo é possível.
Mais para a frente falo sobre os grupos. Hoje quero comentar dois pontos sobre os times que devem fazer a final, salvo revoluções.
O Barcelona chega como franco favorito, mas tem dois desfalques sérios: Messi e Eto´o sofreram lesões relativamente sérias e não defenderão seu time no campeonato. Não acho que o time perca toda sua força sem eles, mas certamente eles farão falta na hora de organizar o ataque (no caso de Messi) e de estar na hora certa e no lugar certo para estufar as redes (nosso querido Eto´o). Um ponto positivo para o Inter.
Aliás, dois, já que o amigo de manicures e de empresários de jogadores, Vanderlei Luxemburgo, afirmou que o Inter pode bater o Barcelona, basta acreditar e jogar o que sabe. Apesar de achar que isso não é tão óbvio quanto falar que o São Paulo tem grandes chances de ser campeão brasileiro, acho que o Luxa tem razão: em um jogo isolado e bem armado, qualquer time de qualidade pode bater o Barcelona. Basta contratar um sniper e balear Ronaldinho Gaúcho, Deco, Puyol e mais uns três ou quatro. Aí, com certeza, dá Inter.
Só mais uma vitória separa o Tricolor da festa do tetra. Depois da bela vitória sobre o Goiás ontem em Goiânia, só mais três pontos e a torcida pode começar a festejar o Natal e o Reveillon. Tudo depende de três pontos em três jogos, dois em casa e um fora, o último. Isto, claro, se o Inter não perder nenhum ponto. Por que se isso acontecer, o São Paulo pode ser campeão sem jogar.
Enquanto isso, vou fazendo a minha parte de torcedor e levando a minha mineira comigo.
Faz tempo que quero falar um pouco sobre a Segunda Divisão, ou melhor, sobre a Série B do Campeonato Brasileiro aqui no blog. Nada melhor do que fazer isso em um momento em que dois times bastante tradicionais estão praticamente garantidos na Série A no ano que vem. Depois dos jogos de ontem, o Sport do Recife se juntou ao Atlético Mineiro na lista dos "quase lá". Ainda faltam alguns trâmites matemáticos, mas a torcida, do alto da sua divina devoção, não tem a menor preocupação com número e só quer saber de festa e alegria.
No caso do Galo mineiro, a volta é merecida. Um time que leva ao estádio mais gente do a maioria dos times da Série A, merece tudo isso e muito mais. Ainda mais depois da sua torcida ter inventado um grito de guerra tão simples quanto genial e emocionante: vamos subir, Galooooooooo, vamos subir, Galooooooooo. Seja bem vindo, Galo.
Já os times paulistas não estão lá muito bem. O Paulista de Jundiaí precisa de um caminhão cheio de milagres para subir e a Portuguesinha e o Bugre precisam de um pouco menos para não cair. Fica a torcida pelo futebol paulista.
Eu havia calculado em 12 pontos a distância para o título. Eram 12 em 24, uma marca apenas razoável para o time de melhor campanha até este momento no campeonato.
De lá para cá, quatro jogos já foram disputados e 10 pontos foram ganhos. Três vitórias (Figueirense, Santos e Botafogo) e um empate (Grêmio) depois e o Tricolor segue firme na ponta. A diferença segue confortável, permitindo até uma improvável comemoração de título já neste domingo.
Duvido muito que isso aconteça por dois fatores: 1 - o São Paulo tem um jogo díficil em Goiânia, contra um Goiás em ascensão e ainda sonhando com uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem; 2 - o Internacional de Porto Alegre, sempre ele, joga em casa contra o desesperado Fortaleza, que já caiu para a Segunda Divisão, mas ainda não sabe.
Diante disso, é muito mais razoável pensar que no outro domingo, no dia 19/11, as condições estejam muito melhores com um jogo do Tricolor em casa contra o Atlético Paranaense (completamente focado na semi-final da Copa Sulamericana) e um jogo do Internacional fora de casa contra o Paraná, outro bastante vivo na briga pela Libertadores.
Como estou com um bom pressentimento, vou aproveitar que a rodada do final de semana ainda não começou e vou comprar os ingressos para a semana que vem. Se tudo der certo, eu e a minha mineira gritaremos "é campeão" em pleno Morumbi e tiraremos várias fotos para comprovar o evento. Aguardem e confiem.
PG - Pontos ganhos, J - Jogos, V - Vitórias, E - Empates, D - Derrotas, GP - Gols pró, GC - Gols contra, SG - Saldo de gols, % - Percentual de conquista de pontos.
Até a rodada anterior do Brasileiro, a 31ª, minhas contas apontavam que o São Paulo precisaria de apenas 12 dos 24 pontos em disputa para ser campeão, ou melhor, para ser Tetra-campeão Brasileiro. Meu palpite considera uma complexa gama de possibilidades, probabilidades, históricos, desempenhos individuais, esquemas táticos e estatísticas colhidas durante os jogos. Resumindo tudo isso em uma única frase: é um baita de um chute de um torcedor fanático que mal pode esperar pela chance de tirar sarro dos adversários paulistas, principalmente daqueles ameaçados e/ou atingidos pelo rebaixamento.
Se alguém perguntar a mesma coisa ao técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, ele, sabiamente dirá que são necessários 18 em 24 pontos. Qual a origem dessa opinião? Ganhar 18 pontos, significa ganhar 6 jogos e fazer com que a atual vantagem de 7 pontos seja inalcansável, mesmo que o Internacional consiguisse a improvável façanha de ganhar seus oito jogos. É o conservadorismo em pessoa.
Outras pessoas têm outras opiniões e justificativas, mas todas elas são unânimes em considerar o Tricolor como o campeão. Será mesmo? Falo sobre isso daqui a duas rodadas, depois dos jogos com a Ponte Preta, em casa, e com o Santos, na Vila.
Enquanto isso, a classificação atual, que segue me causando dois prazeres: um ao ver o Tricolor lá em cima e outro ao ver o Corinthians lá embaixo. Ô felicidade!
Era um jogo de um importante campeonato nacional. O estádio estava lotado, um dos times ganhava por dois a zero e faltavam apenas quatro minutos para acabar o jogo, que seguia tranquilo e sem incidentes maiores. Nem mesmo faltas muito violentas aconteciam. Eis que de repente, algo atinge o auxiliar, popularmente conhecido como bandeirinha e o caldo entorna. Jogo interrompido, vaias, protesto, socorro médico e, logo depois, jogo encerrado.
Mas onde foi que aconteceu uma barbaridade destas? Maracanã, Morumbi, Monumental de Nuñez, La Bombonera, velho oeste? Nada disso. O episódio aconteceu na "bem comportada" Alemanha durante um jogo da Copa entre um time da Primeira Divisão e um da Terceira.
Parece que torcedor selvagem existe em todos lugar e nem a disciplina germânica consegue fugir disso. Onde este mundo vai chegar?
Dizem por aí que a fase é a mais soberana das verdades em um time de futebol. Dizem também que não adianta vir com estatísticas, retrospectos, "camisa" ou opiniões avalizadas. Se a fase aponta para um determinado resultado, não há quem possa modificá-lo. É Murphy elevado à última potência
O São Paulo acabou de provar novamente esta tese com o jogo do final de semana. Em um Olímpico lotado (quase 50 mil testemunhas), o líder do campeonato quase matou o Grêmio de susto ao fazer o primeiro gol ainda no primeiro minuto de jogo. Uma bela jogada de Danilo (ou Zidanilo, como insiste em exagerar o Lance), um chute certeiro e festa nos tricolores paulistas. A fase está tão boa que quase se configurou uma goleada história: o meia Souza (ou Showza, como exagera ainda mais o mesmo Lance) entortou por duas vezes a defesa gremista e nas duas vezes foi frustrado pela trave.
Foi quase e como o futebol não curte muito essas coisas que não se definem, o time da casa se lembrou de onde estava jogando e foi para cima, só conseguindo o empate no começo do segundo tempo. Antes disso porém, o sãopaulino havia ficado com o coração na mão ao ver o seu goleiro executar um par de milagres para impedir o crescimento do Grêmio. Milagres não, competência e boa fase. É assim mesmo que funciona.
A diferença caiu para sete pontos, o segundo colocado passou a ser o Internacional de Porto Alegre (sempre eles) e faltam oito jogos para o fim da competição, ou seja, foi um bom resultado, considerando as circunstâncias. Resta ganhar os jogos em casa (Ponte Preta, Botafogo, Atlético/PR e Cruzeiro), buscar o máximo de pontos nos jogos fora (Figueirense, Santos, Goiás e Paraná) e deixar a natureza fazer o resto. A natureza, não, a fase. Nas minhas contas, são, no mínimo, 15 pontos a mais para o São Paulo, o que levaria o time a 75 e o deixaria tranqüilo à frente do Grêmio (70), do Inter (69), do Santos (67) e do Paraná (58). Vejamos o que a fase nos reserva de bom (ou de ruim).
E é também uma fase que marca o momento atual do "melhor do mundo", Ronaldinho Gaúcho. As coisas não tem funcionado muito bem para o menino e uma prova disso foi a derrota ontem para o Real Madrid no Santiago Bernabeu. Tenho certeza que o torcedor do Real sentiu um frio na espinha ao lembrar do baile realizado pelo time catalão no ano anterior. Nada seria pior do que um novo 3 a 0, fora o show. Ainda bem para eles que Ronaldinho e o resto do time não estavam nos seus melhores dias e o time da casa se impôs por 2 a 0. Pena para o gauchinho, mas tenho certeza que é apenas uma fase, uma má fase, que passa logo, logo. É o que o torcedor brasileiro espera para o ano que vem e para todos os seguintes até 2010 e uma nova chance para o Hexa.
Quando eu saí de férias o São Paulo liderava o Brasileiro e ainda amargava a derrota na final da Libertadores para o bom time do Internacional. Ainda estávamos nos ressentindo da decepção, mas já começava a se desenhar um ótimo prêmio de consolação. O segundo colocado estava perto, mas precisava de mais de um jogo para ultrapassar a pontuação do Tricolor, o que dava uma tranqüilidade bastante grande para o time.
Fiquei três semanas na terra natal fazendo acompanhamentos bissextos das emoções do campeonato e voltei com uma situação muito parecida: o São Paulo havia acabado de perder a Recopa para o Boca Juniors, mas ainda liderava com certa folga o Brasileiro. Na verdade, se antes o time não via ninguém pela frente, no começo de Outubro isso continuava inalterado além do time ter cada vez mais dificuldades de enxergar o segundo colocado, tal a distância que os separava na tabela.
Apesar de ser uma situação razoavelmente transitória, fico bastante otimista com a situação do time e com a possibilidade da conquista do Tetra. A fase está boa, a torcida está comparecendo, os jogadores estão motivados e a Diretoria segue na sua tradicional discrição nas contratações e na renegociação dos contratos dos atuais jogadores, fato que por si só dá tranqüilidade ao time, vide o contra-exemplo dos Trapalhões que dirigem o Corinthians e que parece que ainda não se deram conta de que o time precisa de equilíbrio para não disputar um título inédito no ano que vem, o de campeão da Série B.
O jogo de domingo em Porto Alegre pode ser decisivo. Ganhando, o time abre, no mínimo, nove pontos de diferença do segundo colocado, caso o Inter vença ou 10, se apenas Santos ou Paraná conquistarem seus três pontos no final de semana. Se a Comissão Técnica do Céu estiver de bom humor e quiser que um dos seus ganhe logo a disputa para que eles possam entrar em férias e todos os perseguidores perderem, o São Paulo pode abrir onze pontos de diferença, faltando oito jogos para o fim do torneio. Até o mais pessimista dos tricolores não resistiria à tentação de sair gastando por conta do título.
Mas vamos esperar pelo final de semana. Temos que continuar torcendo, jogando bem e contando com a sorte que acompanha todos os campeões. O Tetra está perto, nação tricolor!
Recebi por e-mail uma frase tosca, cruel, malvada e do mais puro humor negro, mas como era deliciosamente verdadeira, não resisti à tentação de publicá-la aqui. Ei-la:
"Se o jato Legacy fosse pilotado pelos atacantes do Corinthians, eles nunca teriam acertado o GOL"
Eu não estava lá e nem muito menos tinha idade para frequentar um estádio. Ainda bem. Teria sido um baque para um moleque de 11 anos ter visto aquele italiano safado marcar três vezes contra o nosso gol. Eu certamente teria muito mais dificuldade em aceitar a idéia de Deus se isso tivesse acontecido. Onde já se viu o Grandão permitir que isso acontecesse com o melhor time do mundo?
Mas a coisa toda aconteceu e não sei até que ponto ele influenciou no resultado. Se o que dizem da sua justiça é verdade, é bem provável que ele tenha simplesmente se sentado na arquibancada e se preparado para assistir a mais uma vitória dos amarelos, aquele time que fazia coisas que nem Ele conseguia fazer com a bola.
Como ele estava de fora, talvez alguém da Comissão Técnica do Céu tenha resolvido apimentar a coisa e tornado aquele jogo uma "causa impossível". Até aí tudo bem. Brasileiro gosta mesmo é de sofrer, mas parece que esqueceram de combinar a brincadeira direito e o relógio continuou correndo até o fim. E o fim sempre chega para os daqui de baixo. Não adiantou Socratés e Falcão nos encherem de esperança. Não adiantou Junior ciscar para lá e para cá em busca de uma forma de fuzilar o Zoff. Não adiantou comemorar o gol naquela cabeçada que entrou, eu sei que ela entrou, mas o lazarento do juiz não quis apitar. Talvez ele tenha apitado, mas a tal "impossibilidade divina" tenha feito o som se abafar e morrer antes de chegar aos nossos ouvidos desesperados.
E o tempo correu até o fim. E no fim quem comemorou foram eles. Não sei se houve represálias lá em cima ou se mesmo Ele ficou sem saber para onde correr. O que sei é que doeu lá no fundo e isso não tinha nada a ver com fanatismo. Era magia pura para um menino de onze anos de idade que nunca mais viu nada igual.
Encontrei uma definição perfeita para o futebol, uma definição que o diferencia completamente dos esportes preferidos dos goiabas que vivem entre o Canadá e o México. Ei-la:
"(...)por serem raros, os gols têm um valor que os pontos, as corridas e os sets não têm, de modo que sempre existirá essa emoção, a emoção de ver alguém fazer uma coisa que só pode ser feita três ou quatro vezes em um jogo inteiro se você tiver sorte, e nenhuma vez se não tiver. E adoro o ritmo no jogo, a sua falta de fórmula; adoro o jeito com que um baixinho por arrasar um grandalhão(...) de um jeito que não acontece em outros esportes de contato físico, e o fato de o melhor time nem sempre ganhar. E depois tem a condição atlética(...) e o jeito com que força e inteligência têm que ser combinadas. Isso realça a beleza e o balé dos jogadores de um jeito que não ocorre em outros esportes: um mergulho e uma cabeçada no momento exato, ou um chute de voleio executado com perfeição, permitem que o corpo alcance um equilíbrio e uma graça que outros esportistas jamais podem exibir."
Extraído do livro "Febre de Bola" de Nick Hornby, editora Rocco, Rio de Janeiro/RJ, 2000
E ainda querem me convencer de que os goiabas é que sabem fazer esporte! É por isso que, apesar dos pesares, prefiro o cockney ao cowboy e a Rainha ao Mickey Mouse.
Aproveitando o tema Euro 2008, eis aqui um exercício de adivinhação futebolística a respeito do segundo mais importante torneiro de seleções da FIFA. Vale dizer que estou assumindo algumas coisas (formação dos grupos da fase final, cruzamento de classificados, etc.), mas acho que dá para ter uma idéia da carnificina que será a competição.
Vamos aos palpites:
Fase eliminatória:
Grupo A: Portugal em primeiro e Bélgica em segundo.
Grupo B: Itália em primeiro e França em segundo
Grupo C: Turquia em primeiro e Noruega em segundo
Grupo D: Alemanha em primeiro e República Tcheca em segundo
Grupo E: Inglaterra em primeiro e Rússia em segundo
Grupo F: Espanha em primeiro e Dinamarca em segundo
Grupo G: Holanda em primeiro e Romênia em segundo
Fase final - Grupos:
Grupo 1: Portugal, Suiça, França e Turquia
Classificados: Portugal em primeiro e França em segundo
Grupo 2: Itália, Noruega, Alemanha e Rússia
Classificados: Alemanha em primeiro e Itália em segundo
Grupo 3: Espanha, Romênia, Bélgica e República Tcheca
Classificados: Espanha em primeiro e República Tcheca em segundo
Grupo 4: Inglaterra, Dinamarca, Holanda e Áustria
Classificados: Inglaterra em primeiro e Holanda em segundo
Quartas de finais:
Portugal x Itália; Itália ganha
Alemanha x França; Alemanha ganha
Espanha x Holanda; Espanha ganha
Inglaterra x República Tcheca; Inglaterra ganha
Semi-finais:
Itália x Alemanha; Alemanha ganha
Espanha x Inglaterra; Espanha ganha
Disputa de terceiro lugar:
Itália x Inglaterra; Itália ganha
Final:
Alemanha x Espanha; Espanha ganha
Sei que apostar nos amarelões espanhóis é mais arriscado do que investir em ações na Bovespa, mas como este espaço é livre para opiniões diversas, meus palpites já estão definidos. Só espero me lembrar deles até 2008
Para acompanhar os resultados do torneio, clique aqui.
Tenho que admitir que o maior ídolo do atual time do São Paulo é uma figura de difícil unanimidade. Nem com relação à sua habilidade como goleiro e batedor de falta se consegue um consenso. Muitos dizem que o Marcos é melhor no gol e que o Marcelinho Carioca e o Neto já fizeram muito mais nas bolas paradas, Como isso não deveria ser das coisas mais difíceis devido às estatísticas absurdas que ele possui, desconfio que se trate de uma rejeição ao seu jeito de ser, prolixo e por vezes pedante.
Entendo bem esse tipo de argumento pois já nutri aversão semelhante pelo Edmundo na época áurea do Palmeiras Parmalat e pelo Luxemburgo desde que surgiram os boatos do seu envolvimento na venda de jogadores convocados para a Seleção. Não era preciso mais do que uma olhada nessas figuras para que meu estômago se revirasse e eu sentisse vontade de jogar uma cadeira na televisão.
Deve ser isso que o povo sente quando o Ceni liga para um programa de TV e discute ao vivo com uma repórter atônita que teve a má sorte de se expressar mal em uma crítica a uma atitude passada do jogador (como aconteceu há alguns domingos atrás quando ele ligou para o programa do Cléber Machado na Sportv) ou quando ele bate uma falta com perfeição e olha para a torcida com aquele ar de "me amem por que eu mereço". Não concordo muito como esse patrulhamento que ele faz junto aos jornalistas ou com esse jeito arrogante, mas ainda assim não consigo odiá-lo.
Certamente eu ficaria muito mais tranquilo e satisfeito se ele fosse discreto, tranquilo e sorridente, mas provavelmente ele não inspiraria a mesma paixão e a mesma dedicação da torcida. Acaba sendo um preço alto a pagar pela vitória e me sinto mal por isso, mas o que há de se fazer. Como diz o povo, o que não tem remédio, remediado está. Pior do que torcer por um cara arrogante é torcer contra seu próprio time. Me rendo e admito meus pecados. Pode me castigar, todo poderoso Ceni.
Tevez e Mascherano se apresentaram ao seu novo clube, a potência futebolística do West Ham, algo como o Juventus da Rua Javari para nós paulistanos. Como os jogadores mais badalados da parceria MSI/Corinthians foram cedidos de graça para deleite do time inglês, ficou a impressão de que eles deram uma banana para o time do Parque São Jorge e arrumaram um jeito de entrar na Europa o quanto antes, mesmo que fosse pela porta dos fundos.
Por aqui, a torcida esqueceu o amor que tinha por ambos e agora deseja, no mínimo, que eles quebrem a perna em, pelo menos, quinze pedaços. Meio exagerado para quem até outro dia idolatrava ídolos portenhos. E para evitar o vodu corintiano, Tevez declarou que não queria sair do Brasil, mas que foi obrigado a isso por conta de uma "traição" da diretoria. Esse papo improvável (para não dizer absurdo) se refere a um acordo verbal de liberação em caso de proposta de times da Europa que não teria sido respeitado por Dualib e o resto do bando.
Minha opinião: é até possível que a estória do Tevez seja real, mas o que me interessa mesmo é que os corintianos pagaram o preço de torcer para jogadores argentinos. É bem feito!
Ganhar da Argentina é gostoso demais, mesmo que seja no par ou ímpar ou na bocha. Assistir ao Messi correndo atrás do Príncipe sem poder fazer nada até a finalização perfeita para o segundo gol, é bem melhor. Enfiar três a zero e ainda encher o Tevez de pancada (grande Lúcio), não tem preço. Essa nem o Mastercard supera!
Foi lindo, mesmo que eu tenha perdido todo o primeiro tempo por conta dos preparativos para a celebração do primeiro ano de casamento. Quando liguei a TV, o jogo estava no intervalo e pouco depois o Brasil foi colocado na "roda" pelo também jovem time argentino. Parecia jogo entre os profissionais e o infantil. Nossos jogadores não viam a cor da bola até que o Dunga trocou quase todo mundo do meio de campo e a coisa mudou. O time equilibrou o jogo e "entubou" o time de Basile.
Com o resultado final do jogo e o sucesso da celebração, meu dia estava perfeito. Nem era preciso golear o Santa Cruz e manter os quatro pontos de diferença para o segundo colocado. Grande dia, de Tricolor, Seleção e amor.
Acabou a janela de contratação de jogadores do exterior. A exemplo do que acontece na Europa, à partir de agora os clubes que disputam a série A do Brasileiro só podem contratar jogadores da Série B ou que não tenham ultrapassado o número limite de jogos estipulado pela CBF. A rigor, isso encerra a temporada de contratações e os times têm que se virar com o que conseguiram.
Nesse verdadeiro baile funk em que se transformou a temporada de contratações, os resultados mais significativos para os times de São Paulo, foram: - Corinthians: dispensou Tevez, Mascherano e Sebá e trouxe Amoroso (ex-São Paulo), César (ex-São Caetano) e Magrão (ex-Palmeiras); - Santos: trouxe o pentacampeão Zé Roberto; - Palmeiras: já havia trazido o meia chileno Valdivia, el Mago; - São Paulo: já havia trazido o lateral equatoriano Reasco; trouxe também o zagueiro Miranda (???), supostamente para ocupar o lugar de Lugano (???????).
Minhas opiniões sobre essas mudanças: - Corinthians: fez jus à situação caótica em que se encontra ao incluir o pobre (e limitado) Sebá no bolo de dispensas; ficou a impressão de generalização pouco inteligente com relação aos outros dois, que não tiveram muitas dúvidas para abandonar o time quando lhes foi interessante; sobre as contratações, me parece que a melhor foi com César, mas Magrão e Amoroso podem ajudar bastante o time; só achei que faltou um meia armador, mas como se trata do time do Parque São Jorge, é melhor mesmo que eles não acertem todas as arestas; - Santos: boa contratação; o leilão com o São Paulo pode ter custado caro ao time, mas o elenco pode ficar ainda mais azeitado; - Palmeiras: para mim é uma incógnita com cheiro de continuidade; deve dar trabalho aos candidatos à Libertadores, mas não deve brigar pelo título; - São Paulo: ótimas opções, mas ainda fico temeroso com a forma como o Muricy está armando o time; as peças são muito boas, mas o resultado final está meio quadrado.
Com as cartas na mesa, resta torcer e fazer prognósticos. Os meus serão publicados à seguir.
Li este texto no blog do jornalista Juca Kfouri e o achei bom demais para não reproduzi-lo. Acho importante dizer que o Juca é corintiano fanático e sempre foi contra a parceria com a MSI. Deixo o julgamento por conta de cada um. Minha opinião é que o time Corinthians vai se recuperar e provavelmente não cai para a Segundona, mas até lá vai ter que comer muita grama e aguentar muita crise e briga. Como dizia meu sábio avô, aqui se faz, aqui se paga.
29/08/2006 Para entender a crise corintiana
O Corinthians fez uma parceria nebulosa com uma empresa que não existia, a MSI, e que jamais revelou o nome de seus investidores.
Ali, rachou.
E rachou porque as melhores cabeças -- que são poucas -- do Conselho corintiano ficaram contra a parceria e foram derrotados.
Os oportunistas de sempre apoiaram e alguns se reaproximaram de Alberto Dualib, o eterno presidente.
Hoje, brigam entre si para ganhar algum na feitura da página do clube na Internet (que era feita de graça por um conselheiro) e muito no megalomaníaco projeto do estádio.
Apoiado por Nesi Curi, eminência obscura que controla a mina de ouro das categorias de base do clube, Dualib elevou Kia Joorabchian, o presidente da MSI, à categoria de santo.
E isso apesar de as informações sobre ele permitirem, no máximo, qualificá-lo como um testa de ferro.
Ou, no dizer de um jornalista russo que Joorbchian enganou em negócio comandado pelo foragido da Rússia, Boris Berezowski, como um "ator de negócios".
Quem apresentou Joorabchian ao Corinthians foi Renato Duprat, empresário que faliu a Unicór e que vive fugindo das centenas de ações trabalhistas de seus ex-funcionários, que até mandado de prisão já obtiveram contra ele.
Contrariando todas as previsões, Joorabchian cumpriu o que prometera e trouxe Carlitos Tevez para o Parque São Jorge, numa transação que não passou pelo Banco Central brasileiro e que significou a mais cara transferência de atleta de toda a história do nosso futebol como comprador.
Técnicos do BC têm certeza de que essa negociação (na casa dos US$ 22 milhões) ainda resultará em multa contra o clube, no mínimo, no valor do contrato.
Ao mesmo tempo em que fechava a parceria, o Ministério Público estadual de São Paulo investigou a MSI e concluiu que havia fortes indícios de lavagem de dinheiro, não restando dúvida sobre a participação de Berezowski, coisa que, aliás, o próprio Dualib admitiu depois de passar algum tempo negando.
Como o eventual crime constatado pelo MP é federal, o inquérito mudou para essa esfera e, desde então, há mais de um ano, sob a responsabilidade da Polícia Federal, o mais completo silêncio passou a imperar sobre as investigações.
Curiosamente, aliás, Berezowski, recentemente, esteve no Brasil e foi recebido com tapete vermelho por membros do partido do governo federal.
Parceria feita, dívidas corintianas parcialmente pagas, a direção do clube passou a minar o parceiro, ao seguir à risca um conselho dado por Eurico Miranda: "Peguem o dinheiro dos gringos e depois dêem um chute neles".
É que Dualib tenta fazer neste momento, no exterior.
Primeiro ele começou a falar mal de Joorabchian com ciúmes de sua alta popularidade junto à torcida do Corinthians que, docil e irracionalmente, se deixou enganar pelo falso mecenas, ainda mais depois que o time foi campeão brasileiro, apesar das circunstâncias.
Estabelecido o conflito, Joorabchian recebeu o beijo da morte ao se curvar quando aceitou a volta de Marcelinho Carioca.
Cavalo de Tróia, o ex-atleta em atividade conseguiu só em parte rachar mais um pouco o grupo de jogadores.
O golpe final foi a chegada de Emerson Leão, também contra a vontade de Joorabchian, por causa da pública aversão que o técnico revelou ter em relação aos argentinos.
O alvo era o símbolo da parceria: Carlitos Tevez.
Que passou recibo. E foi embora. Autorizado pela MSI.
Agora, Dualib cobra os investidores.
Só assina a transferência de Tevez -- exigência da Fifa que apenas confere autoridade aos clubes para tanto -- se receber reforços.
Dê-se a isso o nome que quiser, chantagem, inclusive.
O fato é que a MSI só pode negociar o atleta, sem depender de Dualib, depois de 31 de janeiro de 2007, quando acaba o vínculo de Tevez com o Corinthians.
De quebra, Dualib tenta, mais uma vez, se livrar de Joorabchian.
Seu candidato para substituí-lo, no entanto, é Duprat, cuja visibilidade como, por exemplo, presidente da MSI, dada a sua folha corrida, atrairia as atenções dos oficiais de Justiça de São Paulo, tantas são as ações contra ele.
O próprio Duprat, aliás, tem feito frenéticos apelos aos seus aliados para que desmintam a possibilidade, temeroso de que volte a ter que passar algumas noites na cadeia, como aconteceu pouco tempo atrás por causa do contencioso que envolve a falência da Unicór.
A MSI, desta vez, optou por nem sequer se pronunciar oficialmente sobre a boataria e especulações de todo tipo.
Preferiu deixar que os fatos as desmintam.
Ou seja: no balaio de gatos, e ratos, que virou o Corinthians, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Nem Rennes, nem Roma, nem Chelsea, nem Manchester United. O destino de Carlitos Tevez deve ser mesmo o gancho, tal a irritação do Corinthians com o seu sumiço e suposta carta de justificativa.
Com a derrota em casa para o Grêmio, nem a torcida, que sempre o amou e idolatrou, aliviou para o argentino: gritou repetidas vezes que ele não era mais bem vindo e que deveria mesmo ir embora.
Coisa de paixão: uma hora ama, na mesma hora odeia.
Tenho que dizer isso antes que o time seja campeão (espero) e o povo se ofenda com qualquer tipo de crítica ao "professor": tenho sérias dúvidas a respeito do esquema que o meu querido Muricy impõe ao São Paulo. É incontestável que o tal esquema tem méritos ou não seria possível chegar à final da Libertadores e liderar o Brasileiro durante um bom número de rodadas, mas não consigo me livrar da sensação incômoda de que algo está errado.
Apesar de ainda estar bem posicionado na tabela, vira e mexe o tie fica em desvantagem no placar e tem que se matar para correr atrás de resultados. E além de levar gols, de vez em quando o técnico faz alterações que só ele entende. Fico pensando que talvez ele tenha uma percepção extra-sensorial do futebol e que seja impossível para um mero mortal entender suas razões e decisões. Como faço parte desse grupo "menos evoluído" de seres humanos, caio em desespero toda vez que ele tira um lateral para colocar um atacante. Foi assim no jogo com o Cruzeiro (tirando o Souza, colocando o Thiago e deslocando o Mineiro para a lateral até a entrada do Ilsinho) e ontem contra o Flamengo e foi mais ou menos assim no jogo com o Inter, deixando um buraco no meio e sobrecarregando o Mineiro após a expulsão do Josué.
Apesar de sofrer a cada "nó tático" que ele tenta aplicar nos adversários, espero que o tal sistema funcione e que o Tricolor se mantenha no topo da tabela até o final. Ai meus sais!
Em muitos países europeus, esse título de campeão de inverno existe como forma de simbolizar o bom desempenho do time na primeira metade do campeonato. Apesar de não significar título ou prêmio, ao contrário do Campeonato Carioca que tem as hilárias Taça Rio e Taça Guanabara (ou primeiro e segundo turno, respectivamente), acho simbolicamente importante reconhecer o time que obteve os melhores resultados e que começa a etapa do torneio em certa vantagem com relação aos demais.
Nessa linha, fico bem feliz que o São Paulo tenha recebido esse título, ainda mais depois de uma vitória de virada contra o então segundo colocado na tabela, o forte Paraná Clube. Se tivesse perdido, o Tricolor seria ultrapassado e não teria vantagem nenhuma na briga pelo título. Mas a vitória veio, a torcida comemorou e os jogadores nos presentearam com a melhor partida do campeonato, segundo as palavras do ex-jogador e atual comentarista Neto, histórico corintiano.
Apesar de estar com uma partida a menos que muitos dos seus adversários, o São Paulo já pode receber o rótulo de campeão de inverno e pode também se planejar para não deixar a vantagem diminuir e poder comemorar o Tetra em Dezembro. O time é bom, está motivado e tem tudo para conseguir esse objetivo. Resta esperar pelos desígnios da Comissão Técnica do Céu.
Até lá, vamos comemorar. Salve o Tricolor paulista!
A tabela: Colocação Time Pontos 1º São Paulo 37 2º Santos 32 3º Paraná 31 Internacional 31 5º Grêmio 29 Fluminense 29 Vasco 29 8º Cruzeiro 27 Figueirense 27 10º Palmeiras 25 São Caetano 25 12º Juventude 23 Flamengo 23 14º Ponte Preta 22 15º Atlético-PR 21 Goiás 21 Botafogo 21 18º Corinthians 20 Fortaleza 20 20º Santa Cruz 18
Outro dia um amigo que não acompanha muito o futebol me perguntou quem era o parceiro que injetava dinheiro no São Paulo para que o time pudesse montar um time tão competitivo quanto esse que chegou à sua segunda final seguida de Copa Libertadores. Confesso que hesitei alguns segundos antes de dizer que não havia parceiro na administração do futebol e que o dinheiro do São Paulo vinha de patrocinadores tradicionais e da venda de jogadores. Ok, que existam outras fontes de renda que estou desprezando, mas a idéia aqui é mostrar que ter um parceiro forte (a exemplo do Palmeiras/Parmalat e do Corinthians/MSI) não é pré-requisito para ganhar títulos e dinheiro.
Apesar de ter defeitos como qualquer outro time no mundo, a receita do São Paulo parece se basear em dois pilares básicos: - profissionalismo de diretores, e; - foco em ações estruturais, não em resultados imediatos. Se não é assim, como explicar que o Centro de Treinamento da Barra Funda tenha se transformado em modelo nacional e que as instalações de recuperação de atletas, o REFFIS, atraia atletas brasileiros de todas as partes do mundo quando o assunto é se recuperar de contusão?
Esse sucesso fica ainda mais evidente quando se acompanham as brigas novelísticas entre a Diretoria do Corinthians e a chefia da MSI. É hilária a forma como Dualib e Kia se enfrentam, afrontam e desautorizam, assim como fica estranhamente familiar o fato das regras do contrato não serem cumpridas de parte a parte. Ou alguém já se esqueceu de que o Marcelinho Carioca foi contratado pelo Dualib em oposição à cláusula contratual que dizia que isso era atribuição exclusiva da MSI?
Sei que não dá para chamar a Fiel de pobre coitada, mas ela acaba sendo a principal vítima dessa guerra de egos e interesses financeiros. A busca desmesurada pelo dinheiro e pelo poder acaba prejudicando o time e gerando um bando de mercenários, não um grupo vencedor. Volto a dizer que não estou afirmando que o São Paulo não tenha esse tipo de problema (todo mundo tem o Citadini que merece), mas que eles não costumam afetar a torcida e o admiradores do futebol. Fases ruins, todos têm, mas ter um time ameaçado de rebaixamento logo depois de ganhar o Brasileiro é exclusividade do povo do Parque São Jorge.
Eu poderia mencionar as críticas à parceria feitas pelo Juca Kfouri, pelo Citadini e por diversos jornalistas, mas acho que já passei a mensagem.
A boa notícia é que esses enfrentamentos Corinthians-MSI não vão durar para sempre. A alegria dos adversários não deve passar de 2015. É pouco para vocês!
A temporada européia de contratações segue em polvorosa nos seus últimos dias. Os clubes têm até o próximo dia 31 para finalizar as modificações nos times para disputar a Copas dos Campeões e os campeonatos nacionais.
O Milan, que havia sido fortemente assediado pelo Real Madrid para ter Kaká, inverteu o jogo e agora quer Ronalducho e o Príncipe jogando juntos de vermelho e preto. O problema é que o Real só deve aceitar a negociação se for uma troca: Ronaldo por Kaká, obviamente. Novela com atores espanhóis e italianos, mas com estilo mexicano e com direito a participação da torcida pedindo Kaká durante a apresentação do meia malinês Diarra. Só quero ver onde isso vai dar.
Por aqui, Carlitos Tevez segue desaparecido do Parque São Jorge. Quer dizer, "desaparecido" já que os jornais argentinos festejam a participação do jogador em um show nos subúrbios de Buenos Aires. Parece que só a Diretoria do clube e a MSI não sabem onde ele está. Ou melhor, o que fazer para trazê-lo de volta. E se não voltar, Carlitos deve acabar no Manchester United, time de Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. Pelo menos essa é a versão do jornal inglês, Daily Mirror. Um ataque de responsabilidade, eu diria!
Tevez sumiu e não viajou com o Corinthians para Caxias, onde o time enfrenta o Juventude na quarta. E nem na concentração da Seleção Argentina ele apareceu, pelo menos segundo o fanático diário Olé!
Se fosse só isso, talvez não passasse de mais um piti de uma jovem e despreparada estrela do futebol, mas houve também uma pseudo-entrevista no final de semana (é complicado entender o portunhol de língua presa do rapaz) onde ele deixou no ar a idéia de que o jogo contra o Botafogo havia sido o último com a camisa do time.
E se pensarmos que os argentinos estão possessos com o veto de Leão à participação de Tevez e Mascherano no amistoso do dia 3 contra o Brasil, chegamos a uma mistura explosiva que pode ser a desculpa perfeita para a saída do melhor e mais esforçado jogador do Corinthians da atualidade.
E para acabar de bagunçar o coreto, a imprensa se cansou de publicar informações sobre a antipatia de Leão com relação a argentinos. Tenho que concordar que dizer que o amigo dono de restaurante é legal "apesar" de ser argentino, não pega muito bem no grupo de jogadores que o Corinthians tem.
Tudo bem que a saída de Tevez é considerada há tempos e já existe uma série de "razões para a saída", mas sempre é bom jogar mais lenha na fogueira.
Enquanto isso na Vila Belmiro, o goleador volante Wendell deu adeus ao clube e vai se juntar ao time do Bordeaux. O técnico Ricardo Gomes agradece.
E por último, o já divulgado desmanche do campeão Internacional segue à todo vapor. O último a sair foi Rafael Sobis que vai para o Racing Santander da Espanha. Como ele já são quatro os titulares que se foram: Bolívar, Jorge Wagner, Tinga e Sobis.
Acho que querem facilitar a vida do São Paulo. Nós, torcedores tricolores, agradecemos.
A rodada: o bom empate do São Paulo em Belo Horizonte (com direito a pênalti defendido pelo Rogério Ceni quando estava dois a zero para o Cruzeiro e a dois gols de bola parada do goleiro, que agora é o maior artilheiro da posição), a vitória suada do Corinthians (que quase escapou da zona do rebaixamento no que pode ter sido o último jogo do argentino Tevez), a péssima derrota do Santos em casa para o Vasco, o bom empate do Palmeiras no Sul (em um jogo que carimbou as faixas do campeão Inter) e mais uma vitória do Paraná, mostrando que o campeonato ainda não está definido.
A classificação: Posição Time Pontos 1º São Paulo 34 2º Paraná 31 Santos 31 4º Internacional 30 5º Fluminense 29 6º Cruzeiro 27 Figueirense 27 8º Grêmio 26 Vasco 26 10º São Caetano 24 11º Juventude 22 Flamengo 22 Palmeiras 22 Ponte Preta 22 15º Goiás 20 Fortaleza 20 17º Corinthians 19 18º Atlético-PR 18 Botafogo 18 20º Santa Cruz 17
Mesmo que o título ULtimão já não seja correto para se referir à situação do Corinthians no Campeonato Brasileiro e que alguns personagens já não estejam mais no picadeiro, achei as piada boas demais para desperdiçar.
Sendo assim, publico aqui dois mimos que recebi por e-mail.
Maio/2007 Timão estreia com otimismo na série B. Derrota em casa na estreia não desanima, diz Geninho. Empate heróico com Moto Clube motiva jogadores. Corinthians perde para o Ituano no Pacaembu.
Junho/2007 Contra o São Raimundo é tudo ou nada. Geninho cai após derrota em Manaus. Silvio Luiz reclama dos companheiros. Betão pede respeito com a camisa do Timão. Timão é goleado em Jundiaí. Paulista jogou com 9.
Agosto/2007 Candinho assume no Parque. Náutico quer aproveitar o mau momento do Timão. Após derrota, Corinthians é lanterna. Corinthians vence a primeira em Caxias. Gustavo Neri afirma que agora vai. Rafael Moura ansioso para o clássico de terça à noite.
Setembro/2007 Com ajuda do juíz, Timão vence o Marília. Brasiliense complica e Corinthians perde mais uma. Candinho ameaçado. Kia promete Felipão. Candinho pede demissão e assume Luis Carlos Ferreira. Marcelinho será o capitão contra Sport Recife. Sebá faz contra e é demitido após nova derrota. Luis Carlos Ferreira deixa o Corinthians. Corinthians teria sondado Luxemburgo.
Outubro/2007 Kia é preso em Moscou por tráfico de drogas. Kia afirma que na mala só tinha a camisa do Corinthians. Pitú assume como técnico interino. Marcelinho tem moral com a torcida, diz Pitú. Corinthians vence de virada e dá show, em Belem. Dualib diz: Pitú é o melhor técnico do Brasil. Com gol no finalzinho, Mogi Mirim bate timão. Pitú cai e Timão fica sem técnico. Corinthians faz proposta oficial a Oswaldo de Oliveira. Oswaldo prefere ficar no Bangu. Oswaldo justifica: Não posso regredir!
Novembro/2007 Ricardo Teixeira fala em Série A com 80 clubes em 2008. Corinthians perde no ABC e torcida intercepta ônibus do time. Tiãozinho (técnico do URT/MG) fala em poupar jogadores contra o Timão. Dualib critica Dunga por não convocar Marcelinho. Rosinei deixa o clube. Prefiro jogar na Arábia! Marinho garante: não seremos rebaixados. Tevez volta a ser titular contra o Santa Cruz. Santa faz 4 a 0 e está próximo à liderança. Ipatinga vence o Corinthians na Fazendinha por 4 a 1.
Dezembro/2007 Ninguém sabe onde está Dualib. Corinthians pára as atividades por falta de água no Parque. PCC faz rebelião nos presídios após rebaixamento. Marcelinho pede calma a Torcida. Bahia e Vitória sobem para a Série B. Corinthians cai para a Série C. Supermercado do Bairro será patrocinador da nova camisa. Dualib anuncia Rincón como técnico para o ano que vem
E o comandante Dunga divulgou nova convocação da Seleção, desta vez para os amistosos do início de Setembro contra a Argentina (dia 3) e País de Gales (dia 5), no novo e moderníssimo estádio do Arsenal.
Atacantes: Robinho (Real Madrid) Fred (Lyon) Vágner Love (CSKA Moscou) Rafael Sobis (Internacional)
Os destaques são as voltas de Kaká e Ronaldinho Gaúcho e o reconhecimento do talento do jovem Rafael Sobis, carrasco do São Paulo no primeiro jogo da final da Libertadores deste ano.
Minha opinião: me parece uma convocação coerente com o discurso de renovação e reenergização do time. Alguns nomes poderiam ter sido lembrados também (Ceni, Mineiro, Josué, Tinga), mas em linhas gerais os nomes são bastante satisfatórios. Resta saber o que os argentinos estão fazendo com o time deles e esperar que não se trate de um jogo de comadres. Pensando bem, isso é impossível. Mesmo se fosse futebol de botão, a coisa seria para valer.
Para um continente cujos clubes chegaram a sugerir a alteração da sistemática das eliminatórias sulamericanas para a Copa para um torneio de apenas um mês (ao invés dos atuais 18), até que a organização da próxima Euro (Copa Européia de Seleções) está "encorpada".
Que outro adjetivo escolher para definir um torneio que começa sua fase eliminatória em 02/09/06 e tem sua final marcada para 29/06/08?
Tudo bem que a UEFA tem mais de 50 seleções inscritas, mas precisava tanto? Coisas da caixinha de surpresas.
Para ilustrar melhor o que digo, seguem informações sobre o torneio:
Fase eliminatória (jogos de ida e volta entre todos os times do grupo, um em casa e outro fora; se classificam os dois primeiros de cada grupo): de 02/09/06 até 21/11/07
Grupo A: Bélgica, Finlândia, Polônia, Portugal, Sérvia e Montenegro (ou seria melhor dizer Sérvia e não Montenegro?), Azerbaijão, Armênia e Cazaquistão
Grupo B (o grupo da morte): França, Itália (revanche da Copa?), Escócia, Ilhas Faroe, Lituânia, Geórgia e Ucrânia
Grupo C: Grécia (atual campeã), Hungria, Malta, Noruega, Turquia, Moldova e Bósnia-Herzegóvina
Grupo D: Chipre, Alemanha, Repûblica da Irlanda, País de Gales, San Marino, Eslováquia e República Tcheca
Grupo E: Inglaterra, Israel, Croácia, Estônia, Rússia, Macedônia e Andorra
Grupo F: Dinamarca, Islândia, Irlanda do Norte, Liechtenstein, Espanha, Suécia e Latvia
Grupo G: Albânia, Bulgária, Luxemburgo, Holanda, Romênia, Belarus e Eslovênia
Fase final - Grupos (jogos dentro de um mesmo grupo, já nas sedes da Suiça e Áustria, que se juntam aos 14 classificados da fase eliminatória; se classificam para as quartas os dois primeiros de cada um dos quatro grupos): de 07 a 18/06/08;
Quartas de finais: de 19 a 22/06/08;
Semi-finais: 25 e 26/06/08;
Final: 29/06/08.
Do início ao fim, a Euro 2008 durará aproximadamente 22 meses. Está bom para você, caro dirigente de clube europeu?
Com o fim da Libertadores e o vice-campeonato, o meu São Paulo deve se dedicar integralmente ao Campeonato Brasileiro, entendo eu com dois objetivos bem definidos. O primeiro é, obviamente, ganhar o torneio, fato que não acontece desde o início dos anos 90. Nesse intervalo, o Tricolor viu o Corinthians ser campeão três vezes e é hora de mostrar que nós também podemos fazer isso. Seria o tetra, outro, já que o da Libertadores ficou adiado por mais um tempo.
O segundo objetivo é a Libertadores. Um time como o do São Paulo não vai desistir de ganhar o tetra. Temos estrutura, organização e motivação. Temos experiência e controle emocional (sorry Corinthians). Temos estádio, torcida e dinheiro. Temos um objetivo e vamos atrás dele.
Com a notícia do desmanche do Internacional e a contratação do técnico Osvaldo de Oliveira pelo Cruzeiro, acho razoável pensar que esse dois times estarão fora da disputa. Isso me faz pensar que os grandes adversários do São Paulo na busca do tetra serão os seguintes: - Santos: por que é um time mediano, mas esforçado e muito bem treinado; - Palmeiras: por que a política de "meio a zero: não vamos tomar gol e se der marcamos um" do Tite está funcionando bem; - Corinthians: por que é um grande time que adora encontrar forças de onde não se esperava; - Paraná: por que é um bom time e vem crescendo muito.
Talvez eu queime a língua com estas previsões, mas não acredito nos demais.
Não deu, Tricolor. O descontrole do Josué no primeiro jogo, a infelicidade do Ceni no segundo e um adversário tão bom e aguerrido quanto o seu time e o sonho do tetra foi adiado. Sei que você se esforçou. Sei que seus jogadores deram o sangue e lutaram o tempo todo, mas a Comissão Técnica do Céu tinha outros planos e a festa é do Inter. Festa merecida, aliás.
Como acabei de dizer, o time do Inter é bom, organizado e esforçado. Além disso tem um técnico que veste a camisa e sabe motivar os jogadores. Igualzinho ao nosso Muricy, por isso não é de se estranhar que eles estivessem na final ao seu lado. Eles também mereceram. E que o "incidente" com o locutor gaúcho Pedro Ernesto Denardin da Rádio Gaúcha seja esquecido e não gere consequências. Isso tambem faz parte do futebol. Parabéns, Internacional de Porto Alegre. Bem vindos ao salão dos melhores da América!
Concordo plenamente com o que disse o comentarista da Rádio Transamérica, Henrique Guilherme: o título foi perdido nos seus domínios, não no Beira Rio. Infelizmente, meu Tricolor, foi aqui em casa que perdemos a chance do tetra. Foi a sequência de infelicidades que nos fará esperar pelo menos mais um ano para dizer "sou tetra e não tem para ninguém". Por que é desnecessário dizer que não tem mesmo para ninguém. Nenhum dos times em atividade no Brasil chega perto do seu número de conquistas de Libertadores. Somente o Santos de Pelé chega perto, mas eram outros tempos e a comparação é injusta e impossível. Você é mais do que todos os outros nesse campeonato, Tricolor, e não deve haver motivos para tristeza demasiada. Sei que nós torcedores temos dificuldade de achar que o vice é uma coisa boa. Somos latinos, você bem sabe, mas tentamos nos esforçar para parecermos europeus e louvar todo o esforço durante o campeonato. Não é agora que vamos te abandonar.
Por isso, grande São Paulo, levante a cabeça, sacuda a poeira, despeça-se dos grandes nomes que nos deixam (hasta luego, Lugano e Ricardo Oliveira), receba bem os novos guerreiros (bienvenido, Reasco) e garanta seu lugar na Libertadores do ano que vem. Por que seu lugar em nossos corações está garantido há tempos.
Salve o Tricolor Paulista!
PS - É duro dizer isso, mas o juiz, o argentino Horácio Elizondo, aquele da final da Copa da Alemanha, foi muito bem ontem, principalmente na expulsão do Tinga (que já tinha amarelo). Ou existe (e se aplica) a regra ou não existe nada!
Não adiantou ter Dunga como técnico, Lúcio como capitão e Roberto Carlos em casa! O Brasil segue sendo freguês da Noruega. O empate de hoje à tarde apenas aumentou o número de jogos sem vitória da nossa Seleção.
Não foi exatamente um começo de gala, mas pelo menos não faltou vontade. Na minha opinião, isso já é um ótimo começo.
E como não poderia deixar de ser, teve torcedor invadindo o gramado para aparecer. Se ao menos fosse em jogo de Copa! Nem vou comentar sobre a origem do sujeito. Prefiro deixar a imagem falar por si.
Após o bom desempenho do jogo contra o Goiás, o técnico Muricy Ramalho deve ter uma série de dúvidas para escalar o São Paulo. Quer dizer, essa é a minha visão como torcedor, mas não quer dizer que seja a dele como comandante técnico do time. É bem provável que ele não tenha nenhuma dúvida e que já tenha desenhado na cabeça até a forma como o time deve se movimentar dentro do Beira Rio. Pelo menos é isso que se espera.
Meu time para hoje seria: Rogério, Souza, Lugano, Fabão, Edcarlos (ou André Dias, caso a pendência judicial com o Goiás seja resolvida), Junior, Mineiro, Richarlyson, Danilo (ou Lenílson, de acordo com o nível de sonolência do titular), Leandro e Aloísio (ou Ricardo Oliveira, se o Betis deixar de frescura).
Um grande time para um grande jogo! Um time sem super-estrelas, mas cheio de vontade e garra! Um time vencedor!
A derrota para o Inter deveria ter matado o ânimo do time do São Paulo para a segunda partida da final da Libertadores. Seria lógico pensar que perder um jogo em casa, na frente de 70 mil torcedores faria com que a moral do time baixasse a níveis abissais. Seria, mas não foi, assim como não foi o que se sentiu após a morte do jovem goleiro Weverson em um acidente de automóvel na Régis Bittencourt, a rodovia que não perdoa erros ou descuidos. O rapaz tinha 19 anos, era o quarto goleiro do time profissional e tinha tudo para fazer carreira no time. O terceiro goleiro, Bruno, ainda está hospitalizado em estado grave, o que também não ajudaria a levantar os ânimos. Apesar do luto, o time buscou energias lá de dentro e seguiu em frente, mantendo a moral alta e a animação em dia. O time sobreviveu e se fortaleceu.
O veto do Betis à presença do Ricardo Oliveira no segundo jogo da final da Libertadores também deveria ter abalado o time, mas parece que a solução já está à disposição, mesmo antes do problema dar as caras: Aloísio deve aparecer no time titular em um jogo onde seu estilo forte e brigador pode fazer muito mais diferença do que a técnica e o oportunismo do Ricardo. Mesmo que o Ricardo seja liberado de última hora, já me parece um bom exemplo de ingratidão essa teimosia do Betis na reapresentação do jogador. Que diferença faria para eles?
Os espanhóis tentaram nos derrubar, os gaúchos nos mandaram para a UTI e até a morte esteve contra nós, mas o time e a torcida seguem firmes acreditando que a vitória ainda não é impossível.
Não tenho bola de cristal, mas tenho certeza que o jogo de hoje vai mostrar um time aguerrido e vitorioso e uma torcida apaixonada e grata. O time vai suar a camisa como se deve e o Internacional terá que fazer o mesmo se quiser comemorar o título na frente da sua torcida. Aqui em São Paulo, a massa tricolor estará ligada na TV e no rádio e fazendo encomendas para a Comissão Técnica do Céu.
Nada tão sério a ponto de mudar a vida das pessoas em caso de derrota, mas já acredito que temos condições de ganhar. Temos time, vontade e causa. Temos tudo que se precisa. Só nos resta o resultado, seja ele qual for.
E tomando emprestada uma frase muito popular na América espanhola, temos que torcer e acreditar que sí, se puede.
